Intervenção federal no Rio preocupa estados vizinhos
Dirigentes da área de segurança pública desses estados devem se reunir na próxima semana para discutir estratégias
© Tânia Rêgo/ Agência Brasil
Brasil Segurança Pública
A intervenção federal no Rio de Janeiro, anunciada pelo presidente Michel Temer (PMDB), tem preocupado estados vizinhos. São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo já se articulam para estabelecer uma estratégia que tente evitar uma possível migração de criminosos do Rio para esses estados.
De acordo com o jornal O Globo, dirigentes da área de segurança pública desses estados devem se reunir na próxima semana para traçar um plano estratégico para frear o tráfico em áreas já sob a ocupação do crime organizado.
O secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, André Garcia, disse que pretende mobilizar forças policiais para a divisa. "Precisamos nos precaver contra a migração de criminosos, antecipar qualquer cenário para não sermos surpreendidos e garantir a segurança dos capixabas", afirmou em entrevista coletiva.
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O secretária explica ainda que, se houver necessidade, será estabelcido um plano de contingência, com o reforço de tropas efetivas da Polícia Militar, inclusive com reações pontuais e reforço do patrulhamento aéreo.
Em nota, o governo de Minas Gerais informou que já existe um planejamento de ações das forças de segurança para fazer um trabalho de inteligência em conjunto com outros estados.
“O governo do estado está atento e já em planejamento de ações para evitar qualquer resquício negativo oriundo da situação da segurança pública do estado vizinho do Rio de Janeiro”, informa o governo, lembrando que a Secretaria de Segurança Pública, as polícias Militar e Civil, o Corpo de Bombeiros e o sistema prisional já vêm realizando um trabalho com outros estados. O plano estratégico a ser adotado não foi divulgado por questões de segurança.
O governo paulista também disse, por meio de nota, que há um “trabalho de inteligência policial” sendo promovido para atuar “no sentido de identificar uma eventual migração da atividade criminosa possibilitando imediata e rigorosa reação do Estado”.