Desembargadora: Marielle é 'engajada com bandidos' e 'cadáver comum'
Marilia Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, fez comentários nas redes sociais
© Guilherme Cunha / Alerj
Brasil Rede Social
A desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), afirmou em publicação no Facebook nessa sexta-feira (16) que a vereadora Marielle Franco (PSOL), morta na quarta-feira, estava “engajada com bandidos”.
As informações são da coluna de Monica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.
No post, uma resposta a um texto postado pelo advogado Paulo Nader, ela diz que o "comportamento" dela, "ditado por seu engajamento político", foi decisivo para o assassinato. Ela acrescenta ainda que há uma tentativa da esquerda de "agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro".
"A questão é que a tal Marielle não era apenas uma 'lutadora', ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu 'compromissos' assumidos com seus apoiadores. Ela, mais do que qualquer outra pessoa 'longe da favela' sabe como são cobradas as dívidas pelos grupos entre os quais ela transacionava", diz trecho do texto escrito por Marilia.
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"Até nós sabemos disso. A verdade é que jamais saberemos ao certo o que determinou a morte da vereadora mas temos certeza de que seu comportamento, ditado por seu engajamento político, foi determinante para seu trágico fim. Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro", prossegue a publicação.
Em declarações à coluna, a desembargadora diz que deu opinião como "cidadã". Um grupo de advogados que leu o texto começou a fazer campanha nas redes para que Marilia seja denunciada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por ter "ironizado" a morte de Marielle Franco.