'Um dia após o outro', diz viúva do motorista de Marielle Franco
A missa de sétima dia aconteceu na noite dessa quarta-feira (21), na Igreja São Tiago, em Inhaúma, Zona Norte do Rio
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Brasil Missa de sétimo dia
"É um turbilhão de sentimentos. Acho que nem estou raciocinando ainda", lamenta Agatha, viúva do motorista Anderson Pedro Gomes, 39 anos, que foi assassinado junto com a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) no dia 14 de março, no Centro do Rio.
A missa de sétima dio aconteceu na noite dessa quarta-feira (21), na Igreja São Tiago, em Inhaúma, Zona Norte do Rio, bairro onde Anderson morava com a mulher e o filho Arthur, de 1 ano e 10 meses.
Segundo revela o jornal O Globo, Agatha abriu a cerimônia. "É um turbilhão de sentimentos. Acho que nem estou raciocinando ainda. Nossas famílias, tanto a minha, quanto a dele, são o meu pilar central, mas o apoio que venho recebendo de fora é muito importante também. Todo mundo me para na rua e vem me dar um abraço. Fico muito feliz com isso", disse.
"Estou vivendo um dia após o outro. Depois que eu acabar de resolver essas coisas burocráticas, é que saberei como vou ficar", afirmou a jovem de 27 anos.
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Familiares lembraram o quanto Anderson era querido. "Eu sou da Paraíba e vim para o Rio quando ele tinha apenas três meses. A primeira vez que o encontrei, fiquei encantada. Era a criança mais linda que já tinha visto. Cresceu e ficou ainda mais lindo. Tinha um sorriso maravilho. Era carismático, elegante, educado, prestativo, nunca me disse um não", contou a tia e madrinha de Anderson.
O tio Roberto Matias lembra do jeito calmo do sobrinho: "Uma pessoa que tinha regularidade emocional. Independente da situação, ele se mantinha calmo. Nunca o vi irritado, era mesma pessoa sempre".