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Vítimas de trabalho escravo são resgatados em navio na Bahia

A Secretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (SIT/MTE) resgatou, na última terça-feira (1º), 11 trabalhadores em condição análoga à de escravo no navio de cruzeiro MSC Magnífica, no Porto de Salvador (BA). A ação teve a participação do Ministério Público do Trabalho, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, da Polícia Federal, dentre outros órgãos federais.

Vítimas de trabalho escravo são resgatados em navio na Bahia
Notícias ao Minuto Brasil

06:04 - 05/04/14 por Agência Brasil

Brasil Salvamento

A fiscalização do MTE constatou que os tripulantes do navio estavam trabalhando cerca de 200 dias sem nenhum dia inteiro de folga. Eles trabalhavam cerca de 11 a 16 horas. Os períodos de descanso eram interrompidos por treinamentos e outras atividades. O órgão apurou ainda que os funcionários eram submetidos a pressões psicológicas dos “capos”, nome dados aos chefes.

“Segundo relatos, esses 'capos' assediavam moralmente os trabalhadores que não se submetem às situações abusivas, tratando-os de maneira humilhante e os ameaçando com a perspectiva de tratamento, que era ainda pior quando o navio saía do alcance das autoridades brasileiras”, disse Raul Vital, chefe da Divisão de Fiscalização do Trabalho Portuário e Aquaviário.

A ação foi motivada por denúncias de trabalhadores brasileiros e da Associação de Vítimas do Trabalho em Navios de Cruzeiro. De acordo com o MTE, as denúncias são referentes ao assédio moral e sexual, jornadas exaustivas e exploração predatória do trabalho dos brasileiros a bordo de cruzeiros marítimos.

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