Intervenção quer deixar criminalidade no Rio em 'patamares suportáveis'
Interventores explicam que medidas serão mais visíveis a longo prazo
© Reuters / Ricardo Moraes
Brasil Segurança
Após críticas por conta da não redução da criminalidade no estado do Rio em três meses de intervenção federal, o porta-voz do gabinete, o coronel Roberto Itamar, disse em entrevista à BBC Brasil que os objetivos da medida estão sendo perseguidos minuciosamente e serão mais visíveis a longo prazo.
"Militar não faz nada sem planejamento. O planejamento estratégico foi feito, está em vigor, está sendo cumprido. A impressão de que não há planejamento é completamente errônea", garantiu o coronel.
A medida foi assinada pelo presidente Michel Temer no dia 16 de fevereiro deste ano e deve permanecer em vigor até o dia 31 de dezembro.
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O interventor nomeado por Temer é o general Walter Braga Netto. O coronel atua como interlocutor com a imprensa.
Segundo Itamar, o gabinete está sob pressão para mostrar resultados, mas o grande legado da intervenção será "pôr fim ao grave comprometimento da ordem pública e trazer os índices de criminalidade a patamares suportáveis, ou os mínimos possíveis, para que a população passe a ter essa sensação de segurança garantida permanentemente".
Para cumprir esta finalidade, de acordo com o coronel, estão sendo realizadas "ações estruturantes", que "demoram mais tempo para produzir efeitos", como investimentos em equipamentos e treinamento, melhorias das condições de trabalho das forças de segurança, entre outras medidas.