SP: mãe das crianças mortas em incêndio não estava no local
Polícia investiga a incidente, que aconteceu na noite desta sexta-feira
© PixaBay
Brasil Fatalidade
Três crianças morreram durante um incêndio em um galpão ocupado na Mooca, zona leste de São Paulo, na noite desta sexta-feira (25). As chamas consumiram um dos barracos e carbonizaram as crianças pequenas - de dois meses, dois anos e quatro anos. A mãe das vítimas, que não estava no local, foi levada para o hospital depois de ter descoberto o que havia acontecido. Perícia foi realizada na área para determinar o que iniciou o incêndio. A polícia investiga a ocorrência.
O Corpo de Bombeiros foi acionado às 19h10 para combater o incêndio na Rua Barão de Jaguara, próximo à Radial Leste. No local, um galpão abandonado, estão instaladas há cerca de dez meses 50 famílias. Nos fundos da ocupação, ficava o cômodo da mulher e das três crianças. Ela não estava no local no momento em que as chamas começaram.
Moradores da ocupação relataram ter ouvido gritos de crianças que brincavam perto do cômodo e tentaram fugir rapidamente do local, apesar de o fogo não ter se alastrado além da dependência de alvenaria. "Eu sei que a mãe não tinha botijão em casa, então não sei o que começou o incêndio, se foi algum fio por acaso", disse a ajudante de serviços gerais Tatiane da Rocha, de 36 anos, que mora há 9 meses na ocupação com os três filhos.
+ Postos de SP preveem seca total até de gasolina aditivada neste sábado
Na noite desta sexta, dezenas de famílias eram vistas espalhadas pela Rua Barão de Jaguara, muitas delas com crianças. O serviço de assistência social da Prefeitura realizava um cadastro dos moradores e a Defesa Civil continuava analisando a possibilidade de as pessoas retornarem para o galpão após o incêndio. A boliviana Emiliana Choke, de 42 anos, aguardava a informação sobre a possibilidade de retornar para a sua casa. "Não vi nada do que aconteceu, só a correria", disse ela acompanhada dos quatro filhos na calçada próxima ao galpão.
A dona de casa Carla Caroline, de 26 anos, estava sentada com um cobertor na calçada e também esperava informações tanto sobre o que causou o incêndio como se o local seria liberado. O estudante João Batista Oliveira, de 56 anos, que mora no local há três meses, disse que a organização do local é feita pelas próprias famílias e negou existir um movimento que coordene o funcionamento da ocupação. Com informações do Estadão Conteúdo.