Diretor da PRF quer prisão de quem impedir caminhoneiro de furar greve
Renato Dias falou em flagrante contra pessoas que atrapalharem retomada de atividades
© REUTERS/Leonardo Benassatto
Brasil Manifestação
O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Renato Dias, disse nesta segunda-feira (28) que há caminhoneiros sendo coagidos por "falsas lideranças" fora do setor de transporte e que policiais podem efetuar a prisão em flagrante de quem tentar "ameaçar a ordem" e impedir motoristas que quiserem retomar as atividades.
Segundo Dias, o comando nacional da PRF tem orientado às polícias regionais que se desloquem para os pontos onde ainda há aglomeração de caminhoneiros.
"Muitos caminhoneiros estão decididos a retomar as atividades e voltar com sua carga, mas observamos que em alguns pontos alguns estão sendo coagidos por falsas lideranças, que não são do segmento do transporte", disse.
Ele evitou, no entanto, afirmar quais seriam essas lideranças e diz que os casos estão sendo levantados pelo serviço de inteligência da PRF.
De acordo com Dias, a orientação é que policiais garantam escolta a todos os motoristas que queiram retomar as atividades após o acordo firmado com o governo.
Caso haja situações em que motoristas quiserem voltar às atividades e forem impedidos por essas "falsas lideranças", diz, policiais podem fazer a prisão em flagrante, afirma.
"Se for flagrado algum manifestante ou algum falso líder a ameaçar ou perturbar a ordem, ou seja, se associar em alguma associação criminosa, a PRF vai fazer imediatamente a prisão em flagrante desse infrator", diz.
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Até o momento, porém, ainda não houve registro dessas prisões, afirma. Ao todo, já foram aplicados R$ 3 milhões em multas, diz.
A declaração ocorreu durante a apresentação de um balanço das ações feitas pelo Centro de Operações Integradas, criado pelo governo para tentar minimizar os impactos do desabastecimento à população.Segundo a PRF, já não há mais bloqueios nas estradas.
O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, evitou dar um prazo para que o abastecimento seja regularizado. Mas ressaltou que falaria da "parte cheia do copo".
"Avançamos e muito. Não há bloqueio em ponto nenhum das estradas. Aeroportos estão funcionando. Alguns na sua plenitude, outros com restrição", disse. Com informações da Folhapress.