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Dançarino morreu por "ferimento perfurante no pulmão"

O dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, encontrado morto ontem (22) no Morro Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, morreu por causa de uma perfuração no pulmão, segundo apontou laudo do Instituto Médico Legal (IML). Cópia do documento foi entregue à família e divulgada nas redes sociais pelo advogado Rodrigo Mondego, da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Dançarino morreu por "ferimento perfurante no pulmão"
Notícias ao Minuto Brasil

09:58 - 23/04/14 por Agência Brasil

Brasil Laudo

No laudo, a causa da morte é descrita de forma sintética: “Hemorragia interna decorrente de laceração pulmonar decorrente de ferimento transfixante do tórax, ação perfuro-contundente”. O documento não detalha, no entanto, o que teria provocado o ferimento.

A morte de Douglas, que era conhecido pelo nome artístico DG e trabalhava como dançarino no programa Esquenta, da TV Globo, gerou revolta nos moradores do Pavão-Pavãozinho, assim que descobriram o corpo, no início da tarde de ontem. As pessoas desceram o morro e tentaram interditar ruas da região, sendo impedidas por um forte contingente policial, com a participação do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Os policiais atiraram bombas de efeito moral, gás de pimenta e dispararam balas de borracha contra a multidão. Tiros foram ouvidos no interior da favela.

Durante o confronto, um homem de aproximadamente 30 anos morreu com um tiro na cabeça, no alto do morro. Ele chegou a ser levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, também na zona sul, mas já chegou morto, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

De acordo com moradores, um menino de 12 anos, identificado como Mateus, levou um tiro quando descia a Ladeira Saint Roman, quase na esquina com a rua Sá Ferreira e também morreu. Segundo vários relatos, o tiro partiu de um policial militar. Um PM da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) negou a versão dos moradores e disse que o menino teria sido atingido por uma pedra jogada pelos próprios manifestantes. No local onde Mateus teria caído, formou-se uma grande poça de sangue. Não foi possível confirmar a versão dos moradores nem a do policial, sobre o que aconteceu com o garoto e qual seria o seu estado de saúde.

Por causa da confusão, a Avenida Nossa Senhora de Copacabana ficou interditada até próximo da meia-noite. Muitos comerciantes das proximidades fecharam as portas e só alguns decidiram reabrir as lojas e bares, quando a situação se acalmou um pouco.

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