Alunas se mobilizam para denunciar assédio em colégio do Rio
Com a hashtag #AssedioÉHabitoNoPensi, as estudantes conseguiram chamar a atenção de personalidades como a youtuber Kéfera e o escritor Pablo Villaça
© Suami Dias/ GOVBA
Brasil Escola
Um grupo de alunas do Colégio Pensi, instituição de ensino com várias unidades no estado do Rio de Janeiro, mobilizou o Twitter durante toda a sexta-feira (17) com uma campanha de denúncia de assédios por parte de professores, outros funcionários e alunos da escola.
Com a hashtag #AssedioÉHabitoNoPensi, as estudantes conseguiram chamar a atenção de personalidades como a youtuber Kéfera e o escritor Pablo Villaça, que aderiram à mobilização.
O assunto ficou entre os mais comentados da rede social e, até a noite de sexta, chegou a 45 mil tweets.
Além das alunas, ex-estudantes do colégio também relataram casos de assédio e acusaram a direção da escola de afastar uma professora que denunciou os casos.
Divulgação/Colégio Pensi
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Segundo relatos, um dos professores teria afirmado para uma aluna que gostaria de fazer massagem tântrica nela. Outro teria chamado uma estudante de gostosa e pedido uma recompensa por ela sair da sala várias vezes. Professores e inspetores teriam, ainda segundo os relatos, apalpado estudantes.
"Quando eu estudava no Pensi fui tirar uma dúvida com um professor e quando ia voltar para minha cadeira ele me puxou para bem perto dele segurando na minha nuca e cochichou no meu ouvido: você é uma aluna muito boa, você não tem noção do quanto é boa", contou uma das ex-estudantes.
"Ano passado um aluno apertou meus peitos, fiquei sem reação com a falta de respeito, fui reclamar e falaram para eu mudar de unidade esse ano. Estavam arrecadando dinheiro para o garoto ir ao Egito fazer olimpíada de matemática, passam a mão na cabeça de assediador", escreveu uma aluna.
As estudantes relataram também pressão psicológica e cenas de humilhação nas salas de aula. Diante da repercussão, alunas e alunos de outras escolas do Rio contaram que os assédios acontecem também nas instituições em que estudam.
Em nota, o Pensi disse que reforça a posição de repúdio a qualquer forma de assédio e está aberto a ouvir a comunidade escolar em suas unidades e por meio do fale conosco do site. Informou também que apura os fatos com seriedade para garantir que o ideal de respeito se mantenha em todas as unidades. Com informações da Folhapress.
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