UFRJ prepara projeto contra incêndio em prédios históricos
Comitiva da universidade se reuniu com bombeiros para discutir a regularização de edifícios tombados
© Ricardo Moraes/Reuters
Brasil Após Museu Nacional
Depois do incêndio que destruiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, na zona norte da capital fluminense, no último dia 2, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está elaborando um projeto de segurança e prevenção contra o fogo para adequar outros prédios históricos centenários sob a tutela da instituição às normas vigentes.
Na última segunda-feira, uma comitiva da UFRJ esteve reunida com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Roberto Robadey Jr., para debater a regularização da situação das edificações históricas. Na sexta-feira anterior, o secretário executivo do Ministério da Educação (MEC), Henrique Sartori, esteve no Rio visitando diversas instalações da UFRJ que precisam de adequação de infraestrutura.
Em nota oficial da reitoria, a UFRJ informou que "discutiu com o Corpo de Bombeiros a realização de termo de ajuste de conduta para adequação de prédios da universidade".
"Muitas edificações foram construídas antes de as normas vigentes para combate a incêndios entrarem em vigor. A universidade possui prédios históricos e tombados, bem como edifícios construídos há cerca de cinquenta anos, que demandam adequações de infraestrutura", disse a universidade. "A UFRJ também estuda formas de cooperação para aumentar a presença do Corpo de Bombeiros na Cidade Universitária."
O Corpo de Bombeiros, por sua vez, disse que "o objetivo da parceria não é isentar as edificações do Certificado de Aprovação previsto na legislação vigente".
"A ideia é a corporação auxiliar na confecção de projetos de segurança e propor atividades de prevenção."
Um projeto de adequação será apresentado pela reitoria para ser avaliado em conjunto com os Bombeiros. Custos e investimentos não foram divulgados.
Na visita que fez à UFRJ na semana anterior, Sartori visitou prédios históricos sob a tutela da universidade, como o Museu Nacional, o palácio universitário da Praia Vermelha, a Escola de Música (todos tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Nacional, o Iphan), além do Instituto de Filosofia, do Centro de Ciências da Saúde.
Sartori pediu à Reitoria que apresente as demandas mais urgentes em termos de obras, para que o ministério consiga liberar recursos ainda este ano. "Precisamos agir com presteza e diligência", disse.
A vice-reitora da UFRJ, Denise Nascimento, que acompanhou a visita, afirmou: "Vamos planejar ações emergenciais de curto prazo para concluir ações ainda em 2018".
As discussões sobre orçamento foram acompanhadas por Weber Gomes de Souza, coordenador geral de planejamento e orçamento das instituições federais de ensino do MEC. E também por Roberto Gambine, pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças da UFRJ.
Sartori se comprometeu a publicar uma portaria definindo as próximas ações no Museu Nacional. O documento informará as atribuições de diversos agentes envolvidos na recuperação do prédio, entre eles o MEC, a reitoria, a direção do museu, o Iphan, o Instituto Brasileiro de Museu (Ibram) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, na sigla em inglês).