Golpe do auxílio-reclusão desvia milhões do INSS
Quadrilhas forjavam vínculos de empregos e falsificavam documentos, como o atestado de reclusão ou até certidões de nascimento e casamento
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Brasil Investigação
Uma investigação da Polícia Federal (PF) desmantelou a ação de quadrilhas de São Paulo, Rio de Grande do Sul e Sergipe que aplicavam o golpe do auxílio-reclusão. Os bandidos utilizavam-se de documentos falsos para desviar milhões de reais do INSS.
Como apurado pelo 'Fantástico', da 'TV Globo', as quadrilhas forjavam vínculos de empregos entre presidiários e empresas de fachada e falsificavam documentos, como o atestado de reclusão - necessário para solicitar o benefício junto ao INSS - ou até certidões de nascimento e casamento, para a criação de dependentes do preso.
A quadrilha usava documentos de pessoas que, em muitos casos, não sabiam que seus nomes estavam envolvidos na fraude.
De acordo com a reportagem, um servidor do INSS também fazia parte da quadrilha, facilitando a liberação do benefício. O funcionário e mais três suspeitos foram presos. Quatorze pessoas foram denunciadas.
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O benefício
O auxílio-reclusão é um benefício pago pelo INSS aos dependentes (cônjuges, companheiros ou filhos com até 21 anos) de uma pessoa presa em regime fechado ou semiaberto, desde que ela trabalhe, contribua para a Previdência e seja de baixa renda (com salário de até R$ 1.319,18 mensais).
De janeiro a outubro de 2018, foram pagos pouco mais de R$ 510 milhões em auxílio-reclusão para as famílias de 47 mil presos.