Meteorologia

  • 23 DEZEMBRO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Lacre de plástico faz golfinho em extinção morrer de fome em SP

Animal também tinha plástico no sistema digestório

Lacre de plástico faz golfinho em extinção morrer de fome em SP
Notícias ao Minuto Brasil

12:56 - 06/12/18 por Notícias Ao Minuto

Brasil Praia Grande

Um golfinho foi encontrado próximo à orla de Praia Grande, no litoral paulista, com uma espécie de lacre na boca, que o impedia de se alimentar. Segundo o Instituto Biopesca, que fez o resgate, o animal já estava morto quando foi encontrado, apresentava sinais de desnutrição e tinha plásticos no sistema digestório.

A toninha (Pontoporia blainvillei), espécie de golfinho de menor porte, foi vista no fim de semana por um pescador. O animal, que era um macho adulto, já estava morto quando ficou acidentalmente preso na rede que ele havia jogado ao mar. O golfinho foi entregue à equipe do Instituto Biopesca, responsável pelo monitoramento costeiro daquela região.

O veterinário responsável do instituto, Rodrigo Valle, disse ao 'G1' que a espécie de golfinho corre risco de extinção. Segundo ele, a toninha estava muito magra, o que indica que ela não conseguia se alimentar há algum tempo por conta do lacre que tinha preso ao bico.

+ Regras de bagagem: conheça seus direitos na hora de despachar a mala

Após exame necroscópico, a equipe ainda constatou que o sistema digestório do animal tinha pedaços de plástico. Para o profissional, a morte do golfinho é mostra o impacto do homem no ecossistema marinho da região.

"Tivemos [ocorrências] com diferentes espécies. O lixo é principalmente plástico, e a situação é bem preocupante", declarou.

Para descarte de lacre, a orientação é cortá-los, para evitar que prendam animais, além de jogar o material no local correto.

O Instituto Biopesca monitora a costa. Na alta temporada, 110 brinquedos e 155 óculos foram recolhidos em um intervalo de 48 horas. Os objetos em boas condições foram doados.

Ainda segundo o 'G1', com informações do instituto, cerca de 70 animais, a maior parte sem vida, encalham e são resgatados mensalmente nos 80 quilômetros de praias de quatro cidades da região.

Campo obrigatório