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Milícia ganhava R$ 1 milhão por mês com Minha Casa, Minha Vida

Uma operação da Polícia Civil deflagrou o esquema de uma milícia conhecida por “Liga da Justiça” que atuava na zona oeste do Rio de Janeiro. Os criminosos exigiam pagamentos aos moradores abrangidos pelo programa federal de habitação.

Milícia ganhava R$ 1 milhão por mês com Minha Casa, Minha Vida
Notícias ao Minuto Brasil

08:43 - 08/08/14 por Notícias ao Minuto Brasil

Brasil Extorsão

Entre pagamentos de água, luz, internet e segurança, a milícia conhecida por “Liga da Justiça” lucrava cerca de R$ 1 milhão por mês aos moradores beneficiados com habitações do Minha Casa, Minha Vida. Dos 27 mandatos de prisão expedidos pela Justiça, 20 já foram executados e 21 pessoas foram já presas.

As milícias são compostas, geralmente, por ex-policiais. No caso da “Liga da Justiça”, a Polícia Civil prendeu cinco policiais militares, quatro ex-PMs, um bombeiro, um policial civl, um agente penitenciário e um soldado do Exército, conta a Folha de São Paulo. Os restantes seriam civis recrutados pelos policiais.

“As milícias existem há 20 anos e nunca foram combatidas antes. Muitos até apoiavam. Hoje, é um trabalho difícil até porque há tentáculos, ramificações. É difícil”, afirmou José Mariano Beltrame, Secretário de Segurança do Rio de Janeiro.

A operação Tentáculos foi executada na madrugada dessa quinta-feira (7) e contou com a participação de 350 policiais civis. Foi uma ação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) com o apoio do Ministério Público Estadual, da Subsecretaria de Inteligência e das corregedorias da PM e do sistema Penitenciário, escreve o Globo.

De acordo com o diário, assim que eram beneficiados com o programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, os moradores eram abordados pela milícia e eram exigidos pagamentos por vários serviços. Quem aceitava vivia, quem recusava era agredido e, muitas vezes, assassinado em frente de outros moradores.

O delegado Alexandre Capote afirmou que, em alguns casos, os moradores eram obrigados a abandonar a casa. “Eles tiveram a ousadia de, logo depois, de assumir o imóvel e vender os apartamentos por até R$ 40 mil. Os compradores agiam de boa fé e acreditavam estar fazendo um grande negócio sem imaginar na situação que iam encontrar”, explicou o delegado.

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