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'Tentei me matar', diz jovem ao citar abuso praticado por João de Deus

A estudante Sarah Varnier, de 24 anos, revela que tinha 13 quando tudo aconteceu

'Tentei me matar', diz jovem ao citar abuso praticado por João de Deus
Notícias ao Minuto Brasil

13:16 - 11/12/18 por Notícias Ao Minuto

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Uma das mulheres que acusam o médium João de Deus de abuso sexual contou que, depois de ir à Casa Dom Inácio de Loyola, na cidade de Abadiânia (GO), onde ele atende, chegou a tentar suicídio.

"Fui pra lá por um quadro depressivo. Quando voltei, estava muito pior. Tentei me matar, passei por coisas difíceis depois. Ele escolhe a vítima, escolhe a pessoa que está fragilizada para fazer alguma coisa. Eu estava fragilizada à época, fiquei sem reação", lembra Sarah Varnier, de 24 anos, que tinha 13 quando tudo aconteceu.

Segundo a estudante, à época, ela morava no Mato Grosso e foi ao encontro dele com a avó. "Só falei para minha mãe quando voltei de viagem. Ela disse: 'Você não vai conseguir provar. Vai ser difícil as pessoas acreditarem em você'", conta. A mãe da jovem recomendou, então, não tocar mais no assunto, conforme destaca o portal G1.

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Ela relatou como o médium agiu. "Ele [João de Deus] pediu para minha avó sair e, daí, fechou a porta. Ele me levou para um corredor fino, com uns entulhos, e lá abusou de mim", lembra.

A estudante diz que, no dia, usava uma calça e que João de Deus disse que ia abaixá-la para "limpar as energias". "Aí, ele abaixou minha calça, me levou pra esse corredor e me empurrou contra a parede. Ele me empurrava contra o corpo dele e passava a mão em mim, nos seios, na bunda...", conta. "Ele parou e falou que estava tudo bem, que tinha equilibrado minhas energias, que eu estava bem e podia ir embora", completa.

Sarah diz que, até hoje, sofre com as lembranças do episódio. "Me trato com psicólogo e psiquiatras. Tive que trabalhar muito para conseguir digerir", afirma.

Desde que os primeiros relatos vieram à tona, na última semana, mais de 200 relatos de abusos praticados por João de Deus chegaram ao conhecimento do Ministério Público, segundo a promotora Gabriela Manssur, de São Paulo. A defesa dele nega as acusações.

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