Um preso morre e 30 ficam feridos durante duas rebeliões em MG
Um preso foi morto e 30 ficaram feridos durante rebeliões ocorridas em dois estabelecimentos prisionais de Minas Gerais, nas últimas horas. O primeiro motim aconteceu na cadeia da cidade de Campestre, a cerca de 400 quilômetros da capital mineira, Belo Horizonte.
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Brasil Motim
Segundo a Polícia Civil, que administra a unidade, a rebelião começou por volta das 21h30 dessa segunda-feira (25). Insatisfeitos com a decisão de que seriam transferidos para outros estabelecimentos carcerários em razão de uma ordem judicial que determina a interdição da cadeia, os detentos colocaram fogo em colchões e em outros materiais encontrados no interior de uma das celas.
Oito presos ficaram feridos e tiveram que ser levados a hospitais de Alfenas e de Poços de Caldas devido às queimaduras sofridas. Um deles, Sebastião Luís Germano, de 42 anos, que cumpria pena no regime semiaberto, morreu.
Um inquérito policial vai ser instaurado para apurar as causas e responsabilidades criminais pelo incêndio. Conforme previsto, os 32 presos que permaneciam na cadeia foram transferidos para unidades prisionais de Alfenas e de Três Corações. Os sete internos feridos hospitalizados também vão ser conduzidos a esses estabelecimentos, após terem alta médica.
A segunda rebelião começou por volta das 20 horas de ontem, no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional de Juiz de Fora, e foi contida por agentes penitenciários por volta das 3 horas dessa madrugada. Presos lançaram colchões em chamas nas galerias da unidade. Bombeiros e policiais militares foram acionadas.
Segundo a subsecretaria estadual de Administração Prisional, os policiais não precisaram intervir no interior da unidade, já que o motim foi contido pelos próprios agentes penitenciários. Atingidos por munições não letais ou feridos no tumulto, 23 detentos tiveram que receber atendimento médico com escoriações leves. Ainda de acordo com a subsecretaria, todos passaram por exame de corpo de delito.
Quarenta presos identificados como líderes do motim serão transferidos para outras unidades prisionais da região metropolitana de Belo Horizonte. Além disso, um procedimento administrativo foi instaurado para apurar as circunstâncias da ocorrência e avaliar os danos ao patrimônio.