Fármácia de João de Deus é interditada pela Vigilância Sanitária
A justificativa do órgão é que o espaço não tinha autorização para produzir em escala industrial
© Reprodução/TV Anhanguera
Brasil Laboratório
Mais um desenrolar do caso João de Deus veio à tona neste domingo (23). O laboratório da farmácia, que funciona na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, Goiás, foi interditado pela Superintendência de Vigilância em Saúde de Goiás (Suvisa). A justificativa do órgão é que o espaço não tinha autorização para produzir em escala industrial. O médium se entregou no último dia 14. Ele é acusado de estuprar centenas de mulheres durante atendimento na Casa Dom.
A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) disse que a interdição atinge somente o laboratório, permitindo as vendas dos medicamentos. À TV Anhanguera, a pasta esclareceu que a farmácia tem alvará para produzir os remédios, mas não na escala em que estavam sendo feitos.
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Conforme apuração da reportagem, cada frasco de comprimidos comercializados no local estava na casa dos R$ 50. O espaço também vende garrafinhas considerada fluidificada, sendo a maior delas R$ 10.
Garrafa maior vendida na Casa Dom mais cara custa R$ 10
Em depoimento, João de Deus, quando questionado sobre o assunto, disse que a farmácia conta com um profissional farmacêutico. Com relação aos componentes dos medicamentos, ele se limitou a dizer que “todos são iguais, mas a energia presente é a indicada para cada um dos frequentadores”.
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No mesmo interrogatório, o médium garantiu que “no atendimento não é repassado receita, as orientações são repassadas pelo espírito, ou seja, não é de maneira escrita”. Ainda de acordo com o líder religioso, “alguns frequentadores já adquirem os produtos, mesmo sem o encaminhamento do espírito, pois são frequentadores do local há muitos anos e acreditam na eficiência do produto”.