Brasil eleva nota, mas cai em índice de democracia
País aparece em 50º lugar em relatório da Economist
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O Brasil caiu uma posição no "Índice de Democracia 2018", elaborado pela consultoria Economist Intelligence Unit , ligada à revista britânica The Economist, para medir o nível democrático de regimes políticos em 167 países. Apesar de ter melhorado sua nota de 6.86 para 6.97, a maior nação da América Latina saiu da 49ª para a 50ª posição, ultrapassada pela Colômbia.
Com boas avaliações nos quesitos "processo eleitoral e pluralismo" (9.58) e "liberdades civis" (8.24), o Brasil perde pontos nas categorias "participação política" (6.67), "funcionamento do governo" (5.36) e "cultura política" (5.00).
O ranking qualifica a democracia brasileira como "imperfeita".
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Em seu relatório, a Economist diz que a eleição de Jair Bolsonaro como presidente mostra que os "rumores sobre a morte do populismo eram amplamente exagerados".
O ranking é liderado pela Noruega (9.87), seguida por Islândia (9.58), Suécia (9,39), Nova Zelândia (9,26) e Dinamarca (9.22).
Canadá (9.15), Irlanda (9.15), Finlândia (9.14), Austrália (9.09) e Suíça (9.03) completam o top 10.
Já os Estados Unidos aparecem apenas na 25ª posição, com 7.96, atrás de países como Uruguai (15º, com 8.38), Maurício (17º, com 8.22), Costa Rica (20º, com 8.07) e Chile (23º, com 7.97). Os menos democráticos, por sua vez, são Coreia do Norte (1.08), Síria (1.43), República Democrática do Congo (1.49), República Centro-Africana (1.52) e Chade (1.61).
Itália - Também rendida ao populismo, a Itália, país-fundador da União Europeia, despencou 12 posições, da 21ª para a 33ª, com uma nota de 7.71 - a anterior era de 7.98.
Assim como o Brasil, a nação da bota é classificada como "democracia imperfeita", apesar de ser bem avaliada nos quesitos "processo eleitoral e pluralismo" (9.58) e "liberdades civis" (8.24). Porém o "funcionamento do governo" (6.07) e a "cultura política" (6.88) puxam a média para baixo.
"Na Itália, a queda da confiança na política tradicional produziu uma retumbante vitória nas eleições parlamentares de março do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e da eurocética e anti-imigrantes Liga, que formam uma coalizão que adotou uma linha dura contra a imigração", diz a Economist.
Segundo a publicação, existe um "risco de deterioração das liberdades civis" no país. (ANSA)