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Familiares fazem roda de oração por vítimas em Brumadinho

O grupo se reuniu em torno do monumento escrito "Brumadinho", na avenida que dá acesso à cidade

Familiares fazem roda de oração por vítimas em Brumadinho
Notícias ao Minuto Brasil

05:49 - 30/01/19 por Folhapress

Brasil Emoção

Familiares e amigos de vítimas do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, participaram de uma roda de oração na noite dessa terça (29), na entrada da cidade da Grande BH. Com velas, os familiares cantaram e se emocionaram. Muitos choravam e se abraçaram -uma senhora chegou a desmaiar.

O grupo se reuniu em torno do monumento escrito "Brumadinho", na avenida que dá acesso à cidade. No local foram colocadas velas, flores e fotos das vítimas, além de uma bandeira de Minas Gerais e uma do Brasil. Também há uma pichação de "Vale assassina" no monumento.

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Camila Amorim, 29, membro da igreja católica local, foi quem organizou a oração pelas redes sociais. A intenção foi que os familiares recebessem apoio e solidariedade.

Ao final, ela discursou dizendo ser preciso demonstrar amor pro Brumadinho. "É aqui que a gente ama, aqui que a gente vai ficar. Que ninguém mais acabe com a nossa cidade".

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Ana Paula Rezende, 42, participou da oração. Ela perdeu amigos e conhecidos, como quase todos na cidade. "Foi bom para mostrar que Brumadinho está unido, que a cidade não acabou", disse à reportagem.

Segundo ela, há uma imagem de que a cidade não tem futuro e está completamente destruída. Na verdade, apenas casas em bairros mais afastados do centro foram arrastadas pela lama.

"A lama não chegou aqui. E mais do que nunca vamos precisar de turistas. Nova York não acabou depois do 11 de Setembro", afirmou.

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"Está na hora de entender que é preciso acabar com a mineração", concordou Juliana Brasil, 45, defendendo outras fontes de recursos para a cidade. "Estamos vivendo um luto", completou.

Juliana é arte terapeuta e tem buscado ajudar familiares de vítimas com florais, cromoterapia e reiki. Nesta quarta (30), ela visitará casas no Córrego do Feijão, a região mais atingida, oferecendo a terapia. Com informações da Folhapress.

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