Soldado do Exército tem surto psicótico e família exige explicações
Os médicos do jovem, mesmo não sabendo ao certo o que ele tem, desconfiam de um quadro de esquizofrenia
© Arquivo Pessoal
Brasil Acre
O sonho de ingressar no Exército Brasileiro não correu como o planejado para o soldado Felipe da Silva Carvalho, de 19 anos. Isso porque 10 dias depois de sair para uma missão, logo após ter se alistado, o jovem voltou para casa em um surto psicótico.
O pai do soldado, Gilson Rocha, conversou com a reportagem do G1 e disse que o filho não fala, não anda e nem responde a estímulos. Ele ainda registrou um boletim de ocorrência e espera explicações do 7° Batalhão de Engenharia de Construção (7° BEC), em Rio Branco.
Segundo o pai, ele foi para a missão no último dia 6 de março. Alguns dias depois, em 10 de março, a mãe do jovem foi visitá-lo e relatou que não havia nada de diferente no filho. No entanto, no dia 15 um tenente do 7º BEC foi com o rapaz até trabalho da mãe para deixá-lo lá, alegando que testes feitos detectaram que Carvalho não estava apto para a realização de exercícios militares.
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Ao G1, o pai explicou que o filho agora “parece uma criança, está travado, foi hospitalizado na UPA [Unidade de Pronto Atendimento] do Segundo Distrito, no domingo [16], esteve no Hosmac [Hospital de Saúde Mental do Acre] , agora estamos retornando. Meu filho está em estado lastimável e o 7º BEC simplesmente entregou ele”.
Os médicos do jovem, mesmo não sabendo ao certo o que ele tem, desconfiam de um quadro de esquizofrenia.
A direção do Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac) afirmou que o soldado apresentava um quadro de surto psicótico durante o tempo que esteve nos atendimentos emergenciais
OUTRO LADO
O comandante do 7° Batalhão de Engenharia de Construção, Flávio do Prado, enviou uma nota ao G1 onde explica que o jovem entrou no Exército no dia 1º de março de 2019. Após uma semana de atividades, colegas relataram que o soldado estava apresentando "algumas alterações em seu padrão comportamental”. Ele foi, então, encaminhado para ter acompanhamento médico no próprio batalhão, sendo depois encaminhado "para um hospital especializado e recomendando a convalescença domiciliar”.