Filhos de Nicette lembram com carinho da mãe: 'tudo que é alegre, próspero e feliz'
Como não poderia deixar de ser, os filhos falaram sobre a grande história de amor dos pais, que foram casados por 60 anos
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os atores Bárbara Bruno, 64, Beth Goulart, 59, e Paulo Goulart Filho, 55, falaram sobre a perda da mãe, a atriz Nicette Bruno, que morreu neste domingo (20), vítima da Covid-19.
"Nós sabemos que em um momento como esse, que é extremamente doloroso para nós – estamos vivendo uma perda difícil, dolorida... Mas sabemos que todo o Brasil está junto conosco também, sentindo essa dor. Irmanados conosco nesse momento. E isso nos fortalece", disse Beth, salientando o apoio que vem recebendo dos fãs de Nicette.
A atriz comparou o momento de acolhimento que os irmãos estão vivendo com a perda do pai deles, Paulo Goulart, em 2014, em decorrência de um câncer. "Na passagem de meu pai nós sentimos um abraço do Brasil inteiro e agora sentimos novamente um colo, para ser mais maternal o termo. É como se todos estivessem nos dando um colo imenso", disse a atriz ao Fantástico, na companhia dos irmãos.
Paulo Filho disse que a mãe fazia tanto sucesso por ser muito verdadeira. "Ela realmente colocava o coração dela de verdade em tudo que fazia. Os personagens todos, ela era aquela mãezona e avozona", lembrou, dizendo que a atriz exemplicava em suas ações tudo aquilo que falava.
"Não era da boca para fora, por isso que as pessoas gostam tanto dela, porque realmente sentiam o amor de verdade que ela tinha pelo próximo, fosse ele quem fosse, um colega de trabalho, um fã ou uma pessoa que ela não conhecesse. Ela tratava todo mundo da mesma maneira, porque ela sempre amou a vida, o ser humano. E esse é o grande exemplo dela", disse Paulo.
Como não poderia deixar de ser, os filhos falaram sobre a grande história de amor dos pais, que foram casados por 60 anos. Para eles, os dois estão juntos agora. "Dizendo 'olha lá os meninos'", como disse Bárbara, que lembrou que a primeira lição que aprendeu com os pais foi a dividir, já que cresceu vendo-os tendo que dar atenção aos fãs do trabalho deles.
Beth finalizou, afirmando que de acordo com aquilo que a família acredita Nicette e Paulo devem estar juntos. "Passei o bastão pra vocês, agora siga e sejam felizes", disse a atriz, ao imaginar o que a mãe diria e completando com os irmãos, em uníssono, usando uma frase que Nicette costumava dizer aos filhos. "Sejam o que nós sempre fomos: um centro de emissão e recepção de tudo aquilo que é alegre, próspero e feliz".
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Beth usou também o Instagram para se manifestar por meio de um vídeo emocionado. "Valorize as pessoas que você ama, dê amor enquanto pode, manifeste isso para quem você ama. Seja sensível, solidário, carinhoso. É isso que importa. Quando partimos, tudo que temos, fica, o que vai são nossas boas ações", disse a atriz em um trecho do conteúdo no qual falou da morte de Nicette.
Paulo Filho se despediu da mãe por meio das redes sociais. "Ela só fez levar amor, felicidade, fraternidade, amparo e ajuda a todos ao seu redor e como tocou o coração das pessoas através da sua arte agindo como agente transformador na vida de tantos que puderam vê-la no teatro, na televisão, no cinema e na vida... Tive o privilégio de vir nesta vida como seu filho e isso é a maior benção que eu poderia ter tido! Te amo eternamente", escreveu o ator.
Artista de pulso empreendedor e atriz dedicada à profissão, Nicette estava internada na Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro, desde 29 de novembro, dia em que sua filha, a também atriz Beth Goulart, pediu orações para a mãe. A morte foi confirmada à Folha por sua neta, Vanessa Goulart.
Filha da atriz Eleonor Bruno, Nicette começou na carreira artística muito cedo, sendo contratada aos 14 anos como profissional de teatro pela Companhia Dulcina-Odilon. Sua estreia oficial nos palcos aconteceu em 1947 na peça "A Filha de Iório".
A atuação da atriz na TV é repleta de personagens marcantes, como a Dona Benta, do "Sítio do Pica-Pau Amarelo", a Juju, de "Sete Pecados" e a Ester de "Órfãos da Terra". Seu último trabalho na telinha foi em "Éramos Seis", como Madre Joana, uma participação para homenageá-la por ter protagonizado a trama na versão que foi ao ar 1977 pela extinta Tupi.