Bruno Luperi revela que sofreu ataques pela morte de personagem em 'Pantanal'
"A sociedade está muito mais atenta para as nuances. A novela não tem um caráter moralizador, mas tem que apresentar a realidade", finaliza Luperi.
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A morte de Madeleine (Karine Teles) tal como aconteceu na primeira versão de "Pantanal", em 1990, trouxe problemas para o autor Bruno Luperi, 35. Neto de Benedito Ruy Barbosa e responsável pelo remake na Globo, ele revelou que sofreu ataques pelo fim trágico da mãe de Jove (Jesuíta Barbosa). "Algumas questões pensadas lá atrás podem mudar, outras não. Doa a quem doer, temos que respeitar. O pessoal me xingou, me culpou [pela morte], mas a novela foi concebida assim", admite ele.
Luperi manteve segredo sobre a aguardada cena em que Alcides (Juliano Cazarré) terá o órgão genital decepado por Tenório (Murilo Benício). "Ninguém vai ver a novela se eu responder tudo. Mas alguns eventos têm que acontecer, talvez não da forma como foram concebidos", deixa escapar o autor em entrevista ao jornal O Globo.
Ele também contou que alguns assuntos abordados e personagens na primeira versão da trama ganharam outro peso. "Estamos sentindo isso em relação a Maria Bruaca [Isabel Teixeira]. Há um olhar mais sensível para o papel da mulher, sobre o que é o machismo, uma relação tóxica", avalia para completar o raciocínio.
"A sociedade está muito mais atenta para as nuances. A novela não tem um caráter moralizador, mas tem que apresentar a realidade", finaliza Luperi.