'Ainda em negociação', diz Aguinaldo Silva sobre série luso-brasileira
O único nome confirmado até agora na produção televisiva é do diretor Pedro Vasconcelos, que ganhou um Emmy Internacional pela novela "Império" (2014), da Globo
© Divulgação / TV Globo
Fama Dramaturgia
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Longe da Globo há três anos, Aguinaldo Silva vinha tocando alguns projetos pessoais em Lisboa, Portugal, onde fixou residência desde que teve seu contrato encerrado com a emissora brasileira. Apesar de preferir espalhar que vivia em uma fase "de recolhimento", o autor estava mesmo era mergulhado no trabalho e, por isso, ficou surpreso ao saber que a sua mais recente produção virou notícia no mundo. Aguinaldo é quem assina o texto e é também produtor executivo de uma série luso-brasileira sobre um romance gay proibido no século 17 entre dois soldados.
"Sim. É verdade esse projeto "Land of Shadows". Mas, eu não tenho ideia de onde surgiu essa notícia porque estamos ainda em negociação", respondeu à reportagem ao ser questionado sobre a reportagem publicada no site americano Deadline.
Guto Colunga, CEO e fundador da produtora brasileira Diosual Entertainment, que compreende a divisão de filmes Diosual Pictures Studios e Diosual Television Studios, foi quem revelou detalhes da série, prevista para televisão e que irá começar a rodar no início de 2024. "Buscamos envolver o amor entre nossos protagonistas em um cenário lírico que despertasse no público a mesma empatia que qualquer outra história protagonizada por um casal heterossexual", comentou.
O único nome confirmado até agora na produção televisiva é do diretor Pedro Vasconcelos, que ganhou um Emmy Internacional pela novela "Império" (2014), da Globo, também com Aguinaldo Silva. As gravações vão acontecer em Portugal e também no Brasil. Enquanto o elenco terá atores portugueses e brasileiros, a série será totalmente filmada em inglês.
Ainda sem título em português, "Land of Shadows" se passa em Olinda, vila brasileira, durante a Capitania de Pernambuco em 1604 e 1605, e revela como a igualdade dos soldados os coloca em oposição ao Santo Ofício da Inquisição de Portugal. As tramas paralelas são: as perseguições aos cristãos-novos, abusos contra mulheres e o romance entre a esposa de um fazendeiro de cana-de-açúcar e um de seus escravos.