Em crise financeira, Paramount some com produções nacionais de streaming
Desde a última quinta-feira (15), inúmeras produções foram apagadas. É o caso de A Culpa é do Cabral, humorístico produzido para o Comedy Central, e que por muito tempo foi a principal audiência do canal.
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GABRIEL VAQUER
ARACAJU, SE (FOLHAPRESS) - Em uma grande crise econômica, com propostas de venda e estudos de fusão, a Paramount apagou quase que por completo suas produções nacionais do Paramount+, sua plataforma de streaming.
Desde a última quinta-feira (15), inúmeras produções foram apagadas. É o caso de A Culpa é do Cabral, humorístico produzido para o Comedy Central, e que por muito tempo foi a principal audiência do canal.
Apenas dez títulos estão disponíveis, a grande maioria delas filmes produzidos antes do lançamento do streaming. A exceção é a série "Anderson Spider Silva", lançada no fim do ano passado.
Entre os produtos excluídos, estão a série "As Seguidoras", primeira produção nacional do Paramount+; o reality Drag Race Brasil, que não será feito pela empresa ano que vem, assim como o Rio Shore, que foi cancelado após três temporadas.
Como já havia informado a Folha de S.Paulo, o Rio Shore já tinha uma quarta temporada gravada, mas ela foi engavetada mesmo assim. O fato pegou o elenco de surpresa.
Os cortes fazem parte de uma medida da Paramount para cortar gastos. No fim de 2023, a Warner Bros Discovery fez uma proposta para comprar a companhia e fazerem uma fusão.
No momento, a Paramount Global vale em torno de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 49,5 bilhões na cotação atual), enquanto o valor da Warner se aproxima dos US$ 29 bilhões (R$ 143,7 bilhões). A Warner, recentemente, se fundiu a Discovery.
Procurada pela Folha de S.Paulo, a Paramount não respondeu aos contatos até a última atualização desta reportagem.
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