Ana Maria Braga se diz 'indignada ' com PL Antiaborto por Estupro
A apresentadora ainda questionou a punição da mulher que aborta ser maior do que a do estuprador
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TV Globo/Mauricio Fidalgo
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Durante seu programa ao vivo desta segunda-feira (17), Ana Maria Braga se posicionou contra o PL Antiaborto por Estupro. A apresentadora falou que o projeto de lei, que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, inclusive em caso de mulheres estupradas que ficaram grávidas, é um retrocesso ao direitos conquistados a duras penas.
"Estou me colocando junto aos juntos que ficaram indignados. Uma gravidez causada por estupro é um trauma irreparável e não é fácil buscar caminhos, muitas vezes, no país em que vivemos. Você não acha UPA, não acha quem faça, médico", disse ela.
A apresentadora ainda questionou a punição da mulher que aborta ser maior do que a do estuprador. O projeto de lei (PL) do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) limita o aborto a até 22 semanas de gestação. E prevê pena de 20 anos de prisão para a mulher e quem a auxiliar na interrupção da gravidez.
"Políticos, a gente espera que o projeto não seja aprovado sem uma discussão ampla porque representa uma injustiça. É fácil falar para entregar o filho para adoção, como eu escutei. Mas queria saber se fosse alguém da sua família [estuprada], e aí, como iria fazer? Isso acontece todo dia."
A pena prevista para estupro no Brasil é de 6 a 10 anos. Quando há lesão corporal, de 8 a 12 anos. Cerca de 61% das vítimas de estupro no Brasil em 2021 eram crianças e adolescentes com 13 anos ou menos.
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