Globo faz consulta à Televisa para tentar trazer 'Chaves' e 'Chapolin' de volta ao Brasil
A Globo quis ter mais informações sobre a liberação feita pela família de Bolaños para a reestreia da série
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Fama Televisão
ARACAJU, SE (FOLHAPRESS) - A Globo fez uma consulta nesta segunda-feira (9) a mexicana TelevisaUnivison, dona dos direitos de "Chaves" e "Chapolin". A empresa brasileira tem interesse em ter de novo a série clássica de Roberto Goméz Bolaños (1929-2014).
A Globo quis ter mais informações sobre a liberação feita pela família de Bolaños para a reestreia da série, que volta ao ar nos Estados Unidos a partir do dia 25 deste mês, através do streming ViX e do canal UniMás, braço da TelevisaUnivision voltado para homens de 18 a 35 anos.
Quando os programas saíram do ar em 2020, o Multishow, canal de variedades da Globo na TV paga, exibiam as séries com muito sucesso. O interesse da Globo é para retorno na TV paga e um aproveitamento no Globoplay, sua plataforma de streaming.
Assim como a Globo, o SBT também fez consulta sobre "Chaves" e "Chapolin". As duas empresas brasileira têm boas relações com a Televisa, de formas diferentes. A TV da família Abravanel tem um contrato de cessão de conteúdo com a TelevisaUnivision até o ano de 2028.
No caso da Globo, existe um contrato de distribuição e coprodução de conteúdos em vigor desde 2022. A novela "Todas as Flores", por exemplo, está disponível no streaming ViX, justamente onde os humorísticos estarão até o fim do mês.
POR QUE CHAVES E CHAPOLIN ESTÃO FORA DO AR?
Desde 2020, nenhum país do mundo transmite "Chaves". Em agosto daquele ano, o SBT parou de exibir um dos programas mais marcantes da grade da TV aberta brasileira, por conta de "um problema pendente a ser resolvido com o titular dos direitos das histórias".
Basicamente, a Televisa é a dona das fitas com os episódios antigos de "Chaves", mas é o Grupo Chespirito, liderado por Roberto Goméz Fernandes, filho do criador dos programas, que administra o legado de Bolaños. Ou seja, os herdeiros são os titulares dos direitos intelectuais, como personagens e histórias.
A Televisa pagava um valor anual para vender as histórias ao mundo todo, mas o Grupo Chespirito pediu um aumento no valor pago pela distribuição da série,. A exigência, não aceita pela Televisa, impossibilitou a renovação do contrato. Como as partes não chegaram a acordo, tanto Chaves quanto Chapolin e outras criações saíram do ar quatro anos atrás.