'É loucura red carpet, tem que ficar escolhendo a desgraça do look', brinca Fernanda Torres
"A realidade do cinema mudou, todo mundo comprou TVs de 800 polegadas. A perspectiva de um filme estrangeiro fazer bilheteira é menor. O lugar de existir é nos festivais para que ele seja lançado com força nos cinemas."
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O frisson causado com "Ainda Estou Aqui" anima o público brasileiro a uma possível indicação ao Oscar de 2025. Mesmo que importante, a atriz reconhece que o filme já é importante mesmo sem a premiação.
Apesar disso, a campanha pela indicação mexe com ela e Selton Mello, que divulgam o longo Brasil afora. Os dois interpretam os protagonistas da trama.
"[A campanha para o Oscar] Consiste em fazer sessões para pessoas estratégicas, aí o filme começa a entrar em festivais. Na sequência, vem as sessões com debates em seguida para alimentar o buzz", afirmou a atriz em entrevista o jornal O Globo.
Fernanda também disse que ficou apavorada quando marcou presença, junto com Mello e o diretor do filme, Walter Salles, no Festival de Veneza. Ela definiu festivais como loucura, já que é preciso fazer o filme ser visto em três continentes.
"A realidade do cinema mudou, todo mundo comprou TVs de 800 polegadas. A perspectiva de um filme estrangeiro fazer bilheteira é menor. O lugar de existir é nos festivais para que ele seja lançado com força nos cinemas."
Enquanto isso, as roupas usadas pela artista em eventos pelo mundo chama a atenção. O vestido longo e sem alças na cor azul marinho usado no mesmo festival é de autoria do estilista Alexandre Herchcovitch.
Ela afirmou que, agora, o trabalho se tornou maquiagem, cabelo e look. "É muita loucura red carpet, você fica tendo que escolher a desgraça do look. Quem diria?"
"Ainda Estou Aqui" ganhou o prêmio de melhor roteiro, entregue a Murilo Hauser e Heitor Lorega, no mesmo festival.
O filme é baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, que narra memórias do escritor sobre a época em que seu pai, o ex-deputado federal Rubens Paiva, foi levado a força durante a ditadura militar e nunca voltou para casa. O foco é na figura de sua mãe, Eunice, vivida por Fernanda Torres, e aluta para cuidar sozinha dos cinco filhos.
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