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Claudia Leitte fala pela 1ª vez sobre acusação de intolerância religiosa

A ação aponta uma suposta postura discriminatória da artista ao substituir o termo Iemanjá, orixá dos mares, por outro termo religioso.

Claudia Leitte fala pela 1ª vez sobre acusação de intolerância religiosa
Notícias ao Minuto Brasil

14:45 - 30/12/24 por Folhapress

Fama CLAUDIA-LEITTE

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Claudia Leitte, 44, falou pela primeira vez sobre a polêmica envolvendo a música "Caranguejo". A cantora foi denunciada ao Ministério Público por mudança na letra da canção. A ação aponta uma suposta postura discriminatória da artista ao substituir o termo Iemanjá, orixá dos mares, por outro termo religioso.

 

"Esse é um assunto muito sério. Daqui do meu lugar de privilégio, o racismo é uma pauta que deve ser discutida com a devida seriedade, e não de forma superficial. Prezo muito pelo respeito, pela solidariedade e pela integridade. Não podemos negociar esses valores de jeito nenhum, nem jogá-los ao tribunal da internet. É isso", disse Claudia, durante uma coletiva de imprensa, conforme publicado por O Globo.

Artista voltou a remover da música um trecho que cita Iemanjá. O novo episódio aconteceu durante apresentação no pré-Réveillon do Recife, no domingo (29). Em vídeos compartilhados nas redes, ela aparece cantando a música e fazendo novamente a substituição.

Ela canta "Eu amo meu Rei Yeshua" em vez de "Saudando a rainha Iemanjá", como anteriormente. O termo Yeshua significa "salvar" em hebraico e, em algumas religiões, considera-se a palavra como o nome original de Jesus Cristo.

MP RECEBE DENÚNCIA
O Ministério Público da Bahia recebeu e avaliará uma denúncia contra a cantora. Claudia aparece cantando "Eu canto meu Rei Yeshua" em vez de "Saudando a rainha Iemanjá".

Cantora teve conduta considerada difamatória, degradante e discriminatória, segundo a denúncia. Splash teve acesso ao documento formalizado por Iyalorixá Jaciara Ribeiro, sacerdotisa do Ilê Axè Abassa de Ogum, e pelo Idafro (Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras).

Denúncia será avaliada pela promotora Lívia Sant'Anna Vaz. Caso entenda que a solicitação é válida, Ministério Público da Bahia oferecerá denúncia para que o caso seja investigado pelas autoridades e, apenas após uma análise de provas, serão apontados supostos crimes praticados.

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