Governo volta a nomear PM para Cultura duas semanas depois de demiti-lo
O capitão André Porciuncula se mostra defensor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e já fez críticas aos "autoproclamados iluministas"
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Cultura Secretária
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O capitão da PM André Porciuncula voltou a ser nomeado para chefiar a subpasta de Fomento, na Secretaria Especial da Cultura do governo Bolsonaro. Há duas semanas, a Casa Civil havia tornado sem efeito a primeira nomeação de Porciuncula para o mesmo cargo -ele havia sido nomeado em agosto. Nesse ínterim, o PM não chegou a assinar nenhum ato administrativo.
Nas redes, ele se mostra defensor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), já fez críticas aos "autoproclamados iluministas" e posta frases como "a cultura é um insight espiritual de primeira grandeza, é o evento teofânico em que o culto (cultura) brota em uma sociedade e define todos os demais aspectos da existência humana".
Na semana passada, o governo Bolsonaro chegou a designar o advogado Paulo Roberto Tellechea Sanchotene como secretário substituto da pasta de Fomento e Incentivo à Cultura.
Em abril, Sanchotene escreveu um texto em defesa da conduta do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em meio à pandemia. O título do texto era "Keep Calm and Trust Mandetta".
Outro nome que foi demitido para em seguida ser conduzido para outro cargo comissionado é Maurício Noblat Waissman, que atualmente está como secretário de Desenvolvimento Cultural. Ele atuava como coordenador-geral da Política Nacional de Cultura Viva, mas foi demitido pela então chefe da Secretaria Especial da Cultura, a atriz Regina Duarte.
No Facebook, Waissman se apresenta como um "cristão, conservador, bolsonarista raiz, escritor, palestrante, professor, advogado, artista plástico e cronista dos absurdos tragicômicos do cotidiano".