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Museu Brasileiro de Escultura terá duas exposições gratuitas

“Paisagens invisíveis” traz 11 autores que ativam os espaços de exposição do museu com ondas sonoras

Museu Brasileiro de Escultura 
terá duas exposições gratuitas
Notícias ao Minuto Brasil

13:24 - 08/01/17 por Notícias ao Minuto Brasil

Cultura Janeiro

Uma exposição sonora e uma instalação na área externa ocupam o Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), em São Paulo, até 29 de janeiro e têm entrada gratuita. “Paisagens invisíveis” traz 11 autores que ativam os espaços de exposição do museu com ondas sonoras. Elas ecoam no concreto e exploram sensações de volume e localização espacial.

O público é convidado a percorrer o museu, seguindo luzes e sons que indicam o trajeto, com o objetivo de aguçar sua percepção em relação ao entorno e contribuir para expandir a noção de escultura. O aparelho auditivo, responsável por um dos sentidos que geralmente não é o protagonista das exposições de arte, está no centro dessa experiência, que tem curadoria de Cauê Alves e Floriano Romano.

“A parte externa do prédio do MuBE, vista da Avenida Europa, é uma praça que está plenamente integrada com a paisagem de um bairro que é um jardim. Mas o espaço interno, no subsolo, é inacessível ao olhar de quem passa na rua. Paisagens Invisíveis chama a atenção para aspectos de imagens que vão além da visibilidade. A área expositiva interna está completamente vazia de objetos, mas ocupada por sons”, explicam os curadores.

A exposição conta com três núcleos que formam a sua estrutura: "Ruídos e Natureza", que traz sons produzidos a partir de elementos naturais e vibrações irregulares; "Paisagens narrativas", com monólogos e diálogos captados na cidade; e "Paisagens eletrônicas", com sons de amplitudes e frequências diversas, produzidos digitalmente, por computadores ou traquitanas artificiais.

Já “Você também quer sair dessa vida sem sentido?” é uma instalação exposta na parte externa do museu, com curadoria de Cauê Alves, com peças de Antônio Ewbank, Chico Togni e Edu Marin. Uma grande pedra, feita predominantemente de materiais orgânicos, madeira e papel, é uma área de descanso e repouso. Localizada no jardim, para o curador a pedra está relacionada à montanha, um lugar de meditação e abertura da mente e do corpo para outros estados e condições espirituais.

No topo da pedra está armazenada a água que alimenta os chuveiros sobre os deques. Em pleno verão paulistano, os visitantes podem refrescar seus corpos, relaxar e contemplar a paisagem. Uma grande arquibancada também compõe o conjunto das peças.

“O título do trabalho, em vez de buscar uma resposta universal, formula uma pergunta. Ele aborda o sentido da vida, questionamento que tanto a filosofia quanto a religião, ao longo de toda a existência humana, se colocam. Sem pretender criar algum dogma ou se aproximar da autoajuda, o trabalho constrói um espaço para uma reflexão que não é só da mente, mas também do corpo em relação ao espaço, à arquitetura e à paisagem urbana”, disse o curador. Com informações da Agência Brasil. 

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