Também cantora, Jeanne Moreau via a música como extensão da atuação
Durante sua carreira, a artista gravou seis álbuns
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Conhecida por suas atuações em filmes como "Jules e Jim - Uma Mulher para Dois" e "A Noite", a francesa Jeanne Moreau, que morreu nesta segunda-feira (31) aos 89 anos, também se firmou como cantora, ainda que rechaçasse o título musical.
"Não use essa expressão [cantora], isso me irrita", disse ao jornal "Libération" em 2002. "Eu tive a chance de poder cantar, mas é um prolongamento natural da atuação."
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Durante sua carreira, gravou seis álbuns. Mas sua interpretação mais marcante ainda é a da música "Le Tourbillon de la Vie" (o turbilhão da vida), de Serge Rezvani (sob o pseudônimo de Cyrus Bassiak), no filme "Jules e Jim" (1962). Acompanhada de um violão, ela canta sobre uma relação de encontros e desencontros (como no filme).
É de Revzani (que assina as músicas de dois discos de Jeanne) o segundo sucesso da atriz, "J'ai la Mémoire qui Flanche" (1963).
Em 1970, ela escreveu as próprias canções de "Jeanne Chante Jeanne". Ao "Libération", ela disse que tinha enorme dificuldade em escrever. "Menos as canções, porque são uma escrita de sensações, tem que vir rápido, de uma vez."
Já em 2010, ao lado de Étienne Daho, interpretou uma versão de "O Condenado à Morte", poema de Jean Genet. Com informações da Folhapress.