Ary Fontoura, que vive Lula em filme, diz que ainda admira o petista
"Votei nele a primeira vez, achei que fez um belíssimo governo e que merecia pela luta árdua que sempre travou. Votei na segunda vez para ver se confirmava. E depois as coisas começaram a degringolar", disse
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Cultura Lava Jato
O ator que interpretou o ex-presidente Lula no filme "Policia Federal - A lei é para todos" afirma que ainda tem "certa admiração" pelo petista e que ele "está vivendo seu inferno astral".
Ary Fontoura entra em cena no momento em que a PF faz uma operação de busca e apreensão na casa do ex-presidente e o leva para depor coercitivamente no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.A cena ocorreu na investigação real.
"A dificuldade maior é fazer um personagem que está vivo e usar o nome dele. Ainda mais tendo uma certa admiração por ele [Lula], porque, bem ou mal, eu tenho uma admiração pela história dele" disse o ator à reportagem durante a pré-estreia do filme em Brasília na noite de quarta (6).
"É um inferno astral em que ele está. Todos nós temos o nosso céu, o nosso inferno", afirmou Fontoura.
Fontoura contou que votou em Lula nas duas vezes em que ele se elegeu [2002 e 2006], mas afirma que, depois, "as coisas começaram a degringolar".
"Votei nele a primeira vez, achei que fez um belíssimo governo e que merecia pela luta árdua que sempre travou. Votei na segunda vez para ver se confirmava. E depois as coisas começaram a degringolar", disse.
O ator afirmou que tem "bom senso, olhos e ouvidos" e que, por isso, " não admite determinadas coisas", referindo-se a suspeitas de corrupção investigados pela Lava Jato sobre o ex-presidente.
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Questionado sobre as críticas de que o filme traz apenas a perspectiva da Polícia Federal e fatos voltados principalmente à investigação de Lula, ele defendeu a ficção: "É uma trilogia e conta uma história que ainda não terminou".
Também disse que não tem medo de ser alvo de agressões tanto de apoiadores quanto de críticos do ex-presidente. "Sou um cara da paz e gosto de ouvir o que as pessoas têm a dizer. Minha única torcida é para que o filme ajude no debate". (Fohapress)