MAM se compromete a restringir celulares durante exposições
Minuta de acordo com Ministério Público já foi assinada; entenda
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Cultura São Paulo
O Museu de Arte Moderna - MAM de São Paulo se comprometeu com o Ministério Público do Estado a restringir o acesso de pessoas com celulares, câmeras ou filmadoras em "instalações que envolvam interação do público com seres humanos que sejam parte da instalação como performáticos ou artistas, no intuito de proteger crianças e adolescentes de exposições indevidas". A mudança deve ser colocada em prática em quatro meses.
A minuta do termo de ajuste de conduta, que já foi assinada, conforme a colunista Mônica Bergamo, é uma tentativa de evitar que se repita a polêmica gerada pela performance de Wagner Schwartz, na estreia do 35º Panorama de Arte Brasileira, em setembro.
Na ocasião, uma criança foi filmada interagindo, junto com a mãe, no artista, que estava nu, durante performance no museu. Com celulares "liberados", quem assistia gravou vídeos e tirou fotografias que acabou alimentado a polêmica e gerando protestos.
A ideia do Ministério Público é proteger crianças de futuras "divulgações indevidas". O documento cita a lei ao garantir que "toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos adequados à sua faixa etária".
No acordo, que encerra a investigação do caso conduzida pelo MP, o museu se compromete ainda a organizar eventos de iniciação artística para o público infantojuvenil e a doar 15% do faturamento da mostra ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.