Cem doadores financiam restauração da tumba de Michelangelo
Campanha internacional arrecadou 100 mil euros para a obra
© GIOTTO REUTERS/Alessandro Bianchi (foto de arquivo)
Cultura Patrimônio
Mais de 100 doadores de 11 países se uniram para financiar a restauração do túmulo de Michelangelo Buonarroti (1475-1564), situado na Basílica de Santa Croce (foto), no centro histórico de Florença.
A campanha internacional de arrecadação foi lançada em setembro do ano passado, pela Opera di Santa Croce, entidade responsável pela gestão da igreja, e rapidamente atingiu a meta de levantar 100 mil euros para a limpeza e recuperação da tumba do gênio renascentista.
O dinheiro foi obtido graças às doações de pouco mais de 100 pessoas, sendo que 80% delas são dos Estados Unidos. No entanto, a Opera di Santa Croce também recebeu recursos de moradores de Austrália, Áustria, Canadá, Espanha, Filipinas, Finlândia, Noruega, Reino Unido e República Tcheca, além da própria Itália.
"Um pedaço de amor pela minha adorada Florença, para fazê-la saber o quanto sou grata pela beleza e pelo sentido que deu à minha vida e à minha arte", diz a mensagem de um doador filipino.
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O túmulo de Michelangelo foi projetado por Giorgio Vasari (1511-1574) e inclui um busto do artista e estátuas representando suas três artes: escultura, arquitetura e pintura, todas em mármore de Carrara, sua principal matéria-prima.
A primeira fase da restauração, a limpeza do monumento, foi concluída no último sábado (24), com um encontro que reuniu doadores de Estados Unidos e Itália. A intervenção removeu os extratos de sujeira acumulados desde a última restauração, 18 anos atrás.
Também serão feitos trabalhos para descobrir eventuais problemas escondidos na estrutura da tumba e a recuperação de um retábulo danificado por um dilúvio. (ANSA)