Em show intenso, Gallagher alterna hits do Oasis e canções próprias
A sequência inicial da apresentação, aliás, é composta apenas por faixas do Oasis
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DAIGO OLIVA - Liam Gallagher estava supersônico. Mas não pela rapidez com que deixou o palco no Chile, há uma semana, quando tocou apenas quatro músicas e interrompeu o show devido a uma infecção respiratória.
No última dia do Lollapalooza Brasil, o ex-vocalista do Oasis fez um show intenso, em que alternou cinco músicas de seu primeiro disco solo, "As You Were", com sete canções de sua antiga banda.
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A sequência inicial da apresentação, aliás, é composta apenas por faixas do Oasis. O britânico entra no palco ao som da instrumental "Fuckin' in the Bushes", do álbum "Standing in the Shoulder of the Giants", para então tocar "Rock'n'Roll Star" e "Morning Glory", músicas dos discos mais celebrados do grupo que liderava ao lado do irmão, Noel Gallagher.
As músicas do Oasis serviram para aplacar a ansiedade dos fãs e amaciar o público para as faixas da carreira solo. "Greedy Soul", "Wall of Glass", "Bold" e "For What it's Worth" agradaram a plateia, uma vez que se parecem com tudo o que o Oasis já fez, mas não emocionaram. Em certa medida, e diferentemente da fase mais recente de Noel, Liam é um cover de si mesmo.
A parte final da apresentação é uma apelação sem fim. Liam enfileira hits do Oasis, com "Wonderwall", "Supersonic", "Cigarretes and Alcohol" e "Live Forever" na sequência. Antes, ainda tocou as excelentes "Some Might Say", de "(What's the Story) Morning Glory?", e "Be Here Now", do álbum de mesmo nome lançado há 20 anos. A intrusa neste trecho da apresentação foi "I Get By", do disco solo.
Liam, vestido de casaco de frio e bermuda, pouco falou com o público. Pediu desculpas pelo cancelamento do show que faria na semana passada, no Audio Club, também devido ao problema respiratório. No Lolla, exibiu a voz esganiçada de sempre, sem grandes escorregões.
Diferentemente do irmão, Liam entrega o que o público em geral quer de um show do ex-vocalista do Oasis. Exibe repertório cheio de hits antigos, em versões muito parecidas às gravadas nos discos. Noel, quando veio a São Paulo para abrir para o U2, em outubro do ano passado, fez uma apresentação dominada pelos discos da carreira solo e com poucos clássicos da banda em interpretações lentas, arrastadas.
Liam fez o jogo fácil. Os irmãos seguem direções diferentes até mesmo depois do fim do Oasis. Um quer inovar, o outro, agradar. E, se dependesse da plateia do Lolla, o show de Liam teria "Supersonic", "Wonderwall" e "Live Forever" repetidamente durante uma hora. Com informações da Folhapress.