'Vingadores: Guerra Infinita', da Marvel, estreia nesta quinta-feira
Longa-metragem deve aproveitar onda 'Pantera Negra', que registrou a maior bilheteria nos EUA em todos os tempos entre produções de heróis
© Marvel / Divulgação
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Longa-metragem deve aproveitar onda 'Pantera Negra', que registrou a maior bilheteria nos EUA em todos os tempos entre produções de heróis
Em 2008, Robert Downey Jr. vestiu pela primeira vez a armadura do Homem de Ferro. Dez anos depois, mais precisamente nesta quinta (26), ele chega aos cinemas em seu nono filme como o herói dos gibis, peça-chave do Universo Cinematográfico Marvel (UCM), e cerca de US$ 200 milhões mais rico com seus cachês suntuosos.
"Vingadores: Guerra Infinita" é o terceiro filme que reúne os personagens principais da editora americana de quadrinhos. Chega após 18 longas entrelaçarem as histórias dos heróis, variações da luta (literal) do bem contra o mal.
Homem de Ferro protagonizou três longas, assim como Thor e Capitão América. Os Guardiões da Galáxia ganharam dois, enquanto Hulk, Homem-Aranha, Homem-Formiga, Doutor Estranho e Pantera Negra tiveram um cada.
No caso de Hulk e Homem-Aranha, os personagens apareceram em outros filmes. Foram lançados um do gigante verde, em 2003, e cinco do lançador de teias, de 2002 a 2014, mas esses não fazem parte do UCM, criado para montar uma superfranquia no cinema.
Nos planos da Marvel, que hoje fatura mais como produtora de cinema do que como editora, "Guerra Infinita" completa uma década de triunfos.
Isso não significa, porém, que o filme tem caráter conclusivo. O quarto longa dos Vingadores, ainda sem título, está praticamente rodado e estreia em 2019 -o que garante ao fã que a história deve ter diversas pontas soltas.
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Para o fã, esperar cada novo título da Marvel é algo tão intenso quanto efetivamente assistir aos heróis na tela.
Nos últimos meses, a grande questão era como fazer um filme de duas horas e meia que conseguisse dar espaço a mais de 20 heróis escalados. O ator Chris Pratt, que interpreta Star-Lord, líder dos Guardiões da Galáxia, esteve no Brasil há duas semanas para divulgar o lançamento e disse à Folha estar confiante que o roteiro resolveria o problema.
"Antes seria impossível juntar todo mundo, mas hoje tem um histórico de 18 filmes dedicados a esses personagens. Você não precisa se preocupar em contar a origem de cada um, o que às vezes trava a narrativa", afirmou o ator, assumidamente fã de gibis.
Filmes como "Guerra Infinita", que reúnem heróis, alternam com voos solos, que apresentam origens ou dão sequência a tramas paralelas. Especulações recaem sobre os próximos lançamentos.
Já no mês de julho estreia "Homem-Formiga e Vespa", segundo filme do herói e o primeiro em que sua parceira Vespa vai exibir seus poderes. No ano que vem, além dos Vingadores, será a vez da Capitã Marvel, interpretada por Brie Larson, ganhadora do Oscar por "O Quarto de Jack".
Um boato sobre essa personagem exemplifica bem o frenesi dos fãs. O ator Josh Brolin, o megavilão Thanos de "Guerra Infinita", revelou ter gravado cenas com Brie Larson. Desde então os "marvetes" não dormem, querendo saber se esse material seria para o filme da heroína ou para o quarto Vingadores. Ou, surpresa maior, poderia até aparecer na estreia de hoje.
Para este, que obriga todos os heróis a unirem forças contra Thanos, a Marvel não poderia ter tido "esquenta" melhor do que "Pantera Negra".
O herói, que surgiu em "Capitão América: Guerra Civil" (2016), acabou protagonizando o filme de herói de maior bilheteria nos EUA em todos os tempos e está perto de arrecadar cerca de R$ 2,4 bilhões -quase a soma da renda de todos os filmes estrearam no Brasil em 2016 (R$ 2,6 bilhões).
O sonho dos produtores é ver os Vingadores batendo esse recorde. Estima-se que a produção do terceiro e do quarto filmes, rodados em sequência, tenha orçamento próximo de US$ 1 bilhão. "Guerra Infinita" teria chegado a US$ 486 milhões.
Desse total, US$ 100 milhões apenas para Robert Downey Jr., que imprimiu um charme ao personagem de Tony Stark diretamente proporcional à importância dele nas tramas.
Além de fornecer todas as engenhocas dos Vingadores, Stark interage com praticamente todos os heróis.
Números reais do dinheiro envolvido no Universo Cinematográfico Marvel impressionariam até ficcional Stark. Só de investimentos de empresas que patrocinam "Guerra Infinita", fazendo propaganda oficial com ele, o valor foi recorde: US$ 150 milhões (R$ 526 milhões).
Com informações da Folhapress.