Primeiro disco solo de Biu Roque é lançado 8 anos após morte dele; ouça
"A Noite Hoje É a Maior" está sendo lançado pelo selo Garganta Records no YouTube
Cultura Música
A música de Biu Roque é celebrada em um disco inédito, o primeiro solo da carreira do mestre de Cavalo Marinho, que faleceu em 2010, aos 76 anos. "A Noite Hoje É a Maior" está sendo lançado pelo selo Garganta Records no YouTube. Com produção de Alessandra Leão, Rodrigo Caçapa e Missionário José, o álbum foi gravado entre janeiro e abril de 2009, no estúdio Fábrica no Recife.
"Muita gente tem me perguntado porque o disco levou quase 10 anos pra estar no mundo. Tenho respondido que esse disco é da ordem do tempo; do que anda sem esforço, do que só anda quando a gente empurra e faz força, muita força; e do quanto que tivemos que aprender a saber esperar o tempo girar, na mesma medida que precisamos aprender e entender quando somos nós que precisamos fazê-lo andar", contou Alessandra, em post no Facebook.
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"Ele tinha 50 anos de música, mas esse disco como ele é talvez não pudesse ter sido feito antes, porque nasceu da união dessas pessoas. Chegar nesse formato de arranjo, com ele tocando à vontade, parece uma besteira, mas na configuração do mercado musical do nordeste do Brasil não é um negócio tão simples", explicou o violonista Caçapa em entrevista à revista Bravo.
O ex-cortador de cana, que faria 84 anos nesta semana, gravou com amigos e familiares, como uma celebração, mesmo estando longe do "terreiro", como explicou Caçapa. A "festa" teve a participação do filho de Biu Roque, Mané Roque, além de Cosmo Antônio - com Biu Roque tocava na Fuloresta do Samba, banda que acompanha Siba - que, aliás, também dividiu os vocais com o mestre em uma faixa do disco.
"A Noite Hoje É a Maior" tem voz da cantora paulistana Renata Rosa, de Alessandra Leão, além do próprio Caçapa, que também tocou viola de 10 cordas. Luiz Paixão e Juliano Holanda participaram na rabeca e na guitarra, respectivamente.
São 12 faixas, todas com músicas tradicionais, como "Pé de Lírio", "Corto Cana, Amarro Cana / Eu Pisei na Cana Verde", adaptadas pelo próprio Biu Roque. "Enfim, a música de Biu Roque está no mundo onde sempre esteve e é pra estar desde sempre! Tomara que mais e mais gente conheça a imensidão que a música de Biu Roque segue sendo", finaliza Alessandra.