Parque Nacional da Tijuca doa peças para Museu Nacional
Decisão envolve mais de mil peças
© Reuters / Pilar Olivares
Cultura Rio de Janeiro
O Parque Nacional da Tijuca ofereceu nesta quarta-feira (12) a doação do acervo arqueológico do parque para o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, destruído por um incêndio no início de setembro deste ano e que passa por um longo processo de reconstrução. O anúncio foi feito durante o 7º Encontro de Pesquisadores do Parque e envolve mais de mil peças.
O chefe da unidade de conservação, Ernesto Vieiros de Castro, disponibilizou diretamente para o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, responsável pela palestra de abertura do encontro, itens do acervo arqueológico encontrado desde a década de 60, em ruínas de antigas fazendas coloniais que existiam na área do parque.
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Algumas peças foram achadas durante a construção recente do Centro de Visitantes Paineiras (feito a partir das estruturas antigas do extinto Hotel Paineiras) e também durante a restauração dos reservatórios do Rio Carioca e da Mãe D’Água, dois reservatórios seculares dentro da Floresta da Tijuca, maior floresta em área urbana do mundo. No evento, Kellner disse que, recentemente, a instituição recebeu, em apenas uma semana, mais de 700 cartas de intenção de doação de acervos de instituições da China.
(Divulgação / Paulo César Sarmento)
De acordo com Ernesto Viveiros de Castro, as peças que o parque coloca à disposição do Museu Nacional são de fazendas coloniais dos séculos 18 e 19. Algumas foram encontradas recentemente pelos pesquisadores que atuam dentro do parque. “Apenas no processo de restauração dos reservatórios de água do Rio Carioca [rio que originou o apelido dos moradores da capital] e da Mãe D'Água, foram encontradas cerca de 400 fragmentos de material histórico. Podemos destacar cerâmicas, vidros e azulejos entre os materiais encontrados”, disse.
O 7º Encontro de Pesquisadores do Parque termina nesta quinta-feira (13) e reúne pesquisadores que desenvolvem suas pesquisas e projetos dentro da área da floresta. Neste ano, um dos focos em discussão no encontro é de que maneira os parques nacionais contribuem para os museus e as pesquisas no país.
Na pauta de amanhã está programado o lançamento da publicação Favela-Parque, o programa de educação socioambiental do Parque Nacional da Tijuca com as favelas do Cerro-Corá, Guararapes, Vila Cândido e Prazeres. O documento foi elaborado com a participação direta dos representantes e moradores das comunidades do entorno do Corcovado e tem como objetivo fortalecer iniciativas locais de promoção da qualidade de vida aliando estas iniciativas a práticas de educação ambiental e conservação do Parque Nacional da Tijuca. Com informações da Agência Brasil.
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