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Politicos e entidades lamentam morte de Lázaro Brandão

Presidente das holdings do Bradesco o empresário faleceu hoje, aos 93 anos

Politicos e entidades lamentam morte de Lázaro Brandão
Notícias ao Minuto Brasil

15:30 - 16/10/19 por Estadao Conteudo

Economia Falecimento

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, lamentou a morte de Lázaro de Mello Brandão, presidente das holdings do Bradesco, nesta quarta-feira, aos 93 anos. Brandão começou sua trajetória no setor bancário brasileiro em 1942 como escriturário na então Casa Bancária Almeida & Cia., que se transformou no ano seguinte no Bradesco.

Desde então, construiu carreira na instituição, onde passou pelas mais variadas funções, até chegar ao topo da hierarquia, como presidente executivo e também como presidente do Conselho de Administração do banco.

"É com grande tristeza que recebi a notícia do falecimento de Lázaro de Mello Brandão, a quem conheci desde 1992, quando fui Secretário do Tesouro. Um dos mais importantes e significativos representantes da história do setor bancário de nosso país e da América Latina. Além de um grande banqueiro, ele foi um grande brasileiro e um gentleman", lamentou Murilo Portugal, que está em Washington para reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Portugal disse que Lázaro de Mello Brandão, atento às transformações tecnológicas do setor, das quais foi um dos principais líderes, no comando do Bradesco, sempre defendeu valorizar as inovações a serviço do atendimento personalizado aos clientes. "Foi ainda um dirigente ativo e consciente do papel dos bancos no apoio ao desenvolvimento da economia nacional", afirmou.

Banco Central

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que recebeu "com pesar" a notícia do falecimento de Lázaro Brandão. "Como homem da indústria bancária, Lázaro marcou sua trajetória pelo espírito inovador e empreendedor", disse. "Foi um verdadeiro pioneiro dos nossos tempos. Expresso minhas condolências aos familiares, amigos e a todo corpo funcional do Bradesco neste momento de dor", acrescentou.

CNseg

A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) também lamentou a morte de Lázaro de Mello Brandão. "Profissional admirado e respeitado, Brandão deixa como legado sua imensa capacidade e disposição ao trabalho, talento e visão de futuro. Sua trajetória é, sem dúvida, relevante exemplo de liderança para várias gerações de profissionais, em especial as do mercado financeiro e segurador", disse a CNseg, em comunicado.

ABBC

O Brasil perde um ícone do sistema financeiro e um de seus mais ilustres representantes, disse a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) em nota sobre o falecimento. "Brandão dedicou toda a sua carreira a um dos maiores bancos do País, sempre com coerência profissional e ética", comentou a ABBC.

A associação que representa os bancos médios e de nicho, lembrou que Brandão esteve à frente do seu tempo, sendo um dos grandes construtores de uma organização moderna, eficiente e respeitada pela comunidade corporativa. "O Bradesco foi um dos pioneiros em tecnologia, graças à determinação de Lázaro Brandão, que não poupou esforços para o desenvolvimento de sistemas que facilitaram a vida dos clientes", disse a ABBC.

Na nota, a ABBC afirma ainda que "seu legado certamente continuará a influenciar não só aqueles que trabalharam diretamente com ele, como todos os que atuam na área financeira. A ABBC se solidariza com a família e com todo o conglomerado Bradesco por essa grande perda para o Brasil".

Setor imobiliário

Representantes do setor imobiliário também lamentaram a morte de Lázaro de Mello Brandão. O Bradesco é tradicional na concessão de financiamento para a compra e construção de imóveis, atuando em parceria com diversas incorporadoras ao longo dos anos.

O presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Basílio Jafet, classificou Brandão como "uma figura exponencial" e que conquistou "merecido respeito no mercado nacional e internacional". "Os mais de 75 anos dedicados ao Bradesco, onde atuou desde a sua fundação, contribuíram decisivamente para consolidar a instituição como uma das mais importantes no sistema financeiro, com destaque no crédito imobiliário", disse Jafet. "É um grande exemplo e uma grande perda para o nosso País", completou.

"O País perde um dos seus mais ilustres empresários que trabalharam para tornar o Brasil seguro e forte para investimentos", declarou o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França.

França lembrou ainda que o grupo Bradesco foi além da concessão de crédito e fundou a BSP Empreendimentos Imobiliários S.A., consolidando a gestão de ativos imobiliários do banco.

Abilio Diniz

Abilio Diniz, sócio da Península Participações, também lamentou a morte de Lázaro de Mello Brandão. "Lázaro Brandão deixa um legado de criatividade e simplicidade, que nele se mostravam complementares. Suas sete décadas no banco o colocaram na história do sistema financeiro nacional. Deixo à família e a seus colegas meu sincero pesar", diz Diniz, em nota.

Skaf

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Paulo Skaf, disse que foi com profundo pesar que recebeu a notícia da morte de Lázaro de Mello Brandão.

"Ao longo de mais de sete décadas de trabalho, ele transformou o Bradesco em uma das mais importantes instituições financeiras do país. Construiu uma das mais brilhantes carreiras do mundo empresarial com garra, competência e espírito empreendedor. Ele era um exemplo para todos. Era uma pessoa amável, simples, humana e dono de um imenso carisma", afirmou Skaf, acrescentando que Lázaro Brandão mantinha o olhar aguçado e a crença em um Brasil melhor. "Nós da indústria lamentamos o seu falecimento e nos solidarizamos com sua família, com seus amigos e com os conselheiros, diretores e colaboradores do Bradesco", disse, em nota.

Doria

Nas redes sociais, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também lamentou a morte de Lázaro de Mello Brandão. "O Brasil sentirá falta do seu sorriso, da sua lucidez e do seu entusiasmo pelo trabalho e pelas boas causas", afirmou o governador em um post no Twitter.

Doria disse também que o País perde um empreendedor nato, "um otimista, um homem que sempre acreditou no seu povo e no seu País".

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