Com pré-sal, Petrobras anuncia recordes de produção no 3º trimestre
Extremamente criticada na gestão Lula e Dilma, a produção de petróleo através do pré-sal vem trazendo grandes lucros para a estatal
© Antonio Bronic / Reuters
Economia Produção
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Petrobras informou nesta quinta (17) o registro de recordes diário e mensal de produção durante o terceiro trimestre de 2019. Na média trimestral, a empresa produziu 2,878 milhões de barris de petróleo e gás, alta de 9,3% em relação ao trimestre anterior e de 14,6% na comparação com o mesmo período de 2018.
Os dados fazem parte do Relatório de Produção e Vendas da empresa, que passou a divulgar esses dados antes da publicação do balanço, a exemplo do que faz a Vale.
Segundo o texto, o crescimento da produção é resultado da instalação de sete plataformas de produção entre 2018 e 2019, seis delas no pré-sal da Bacia de Santos. Juntas, elas contribuíram com 555 mil barris por dia para a média trimestral.
Em agosto, a empresa bateu seu recorde mensal de produção, chegando a três milhões de barris por dia. No mesmo mês, bateu seu recorde diário, com 3,1 milhões de barris por dia.
No relatório, a empresa diz que o resultado mostra "sólido desempenho operacional" no período. No quarto trimestre, uma nova plataforma entrará em operação, também no pré-sal da Bacia de Santos.
Os campos do pré-sal já representam 60% da produção da estatal no Brasil. Já as operações fora do pré-sal mostraram estabilidade, fechando o trimestre na média de 706 mil barris por dia -0,8% a mais do que no trimestre anterior e 4,9% a menos do que no mesmo período de 2018.
Na área de refino, a Petrobras ampliou a utilização de suas refinarias, que operaram com 80% da capacidade no trimestre, contra 76% no trimestre anterior.
A empresa produziu 1,816 milhão de barris de combustíveis por dia, 2,9% a mais do que no trimestre anterior e praticamente estável com relação ao registrado um ano antes.
As vendas, porém, representam queda de 7% com relação ao mesmo trimestre de 2018, quando o preço do diesel estava tabelado e a concorrência com importados caiu.
O volume de vendas do combustível registra queda de 8,7% nessa base de comparação, chegando a 770 mil barris por dia. Segundo a estatal, o desempenho reflete o "aumento da participação de competidores no mercado".
A maior competição também impactou nas vendas de gasolina pela estatal, que caíram 2,7% em um ano, para 377 mil barris por dia.
Com menor venda de combustíveis e maior produção de petróleo, o saldo comercial da companhia cresceu 708,6% com relação ao mesmo período de 2018, chegando a 469 mil barris por dia -a empresa exportou 801 mil e importou 332 mil barris por dia.