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Inadimplência de empresas cresce 8,33% ante 2014

"A dificuldade dos empresários em manter os compromissos financeiros em dia está relacionada à atual conjuntura econômica", diz economista-chefe da SPC Brasil

Inadimplência de empresas cresce 8,33% ante 2014
Notícias ao Minuto Brasil

15:59 - 22/06/15 por Notícias ao Minuto Brasil

Economia SPC

O número de empresas com dívidas em atraso cresceu em maio 8,33% em relação a idêntico mês no ano passado, mostra o indicador de inadimplência calculado pela SPC Brasil e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A alta atual, de acordo com a economista-chefe da SPC Brasil, Marcela Kawauti, é a maior desde julho de 2013 e representa uma aceleração da inadimplência em relação aos números do início do ano, quando o indicador oscilava ao redor de 6%.

Em relação a abril, o indicador de inadimplência da SPC Brasil para pessoa jurídica cresceu 1,41%. "A dificuldade dos empresários em manter os compromissos financeiros em dia está relacionada à atual conjuntura econômica de baixo crescimento e queda da produção industrial, além da elevada inflação e altas taxas de juros", observa Marcela.

O número de empresas com dívidas em atraso entre 3 e 6 meses cresceu 14,82%, além da alta anual de 13,89% verificada nas dívidas em atraso entre 3 e 5 anos. Por regiões, os destaques ficaram com Nordeste e Sudeste, com variação de 8,27% e 8,15%, respectivamente. A Região Sul, com 4,89%, foi a que apresentou o menor porcentual de crescimento no volume de contas em atraso pelas empresas. Todavia, a maior parte das empresas devedoras, de acordo com a SPC Brasil, está concentrada no Sudeste, com 43,49% das inadimplentes. Segundo os especialistas da SPC Brasil, a concentração do maior número de empresas inadimplentes no Sudeste ocorre porque a região responde pela maior parte do PIB brasileiro.

Por setores, o destaque no indicador de inadimplência em maio relativamente a maio de 2014 foi o segmento de Serviços com crescimento de 12,85%, puxado por bancos e financeiras. O segundo maior avanço ficou por conta da indústria, com crescimento de 9,63%, seguido por Comércio e Agricultura, respectivamente com 7,53% e 4,08%. Com informações do Estadão Conteúdo.

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