Custo de vida dos paulistanos acelera a 0,81%
O movimento decorre do encarecimento dos alimentos, reflete os gastos maiores dos consumidores com saúde
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Economia Dieese
O custo de vida dos paulistanos acelerou de 0,57% em maio para 0,81% em junho, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O movimento decorre do encarecimento dos alimentos, reflete os gastos maiores dos consumidores com saúde e com alguns administrados, que também subiram, como condomínio, água e esgoto e telefonia, conforme o Dieese. Em 12 meses finalizados em junho, o Índice de Custo de Vida (ICV) acumulado tem alta de 9,71%.
Apenas os grupos Habitação (2,41%), Saúde (0,55%) e Alimentação (0,50%) tiveram participação de 0,78 ponto porcentual no resultado do ICV do sexto mês do ano. O contraponto veio do conjunto de preços de Transportes, que registrou deflação de 0,33% em junho, exercendo influência negativa de 0,05 ponto porcentual sobre o índice geral.
A classe de despesa de Habitação foi influenciada pelo aumento de condomínios (3,62%) e operação do domicílio (2,72%), devido aos reajustes na tarifa de água (15,30%), gás de rua (5,95%) e telefone (1,60%). Os gastos com mão de obra também pressionaram o grupo Habitação, conforme o Dieese.
Já a alta registrada em Saúde foi motivada pelos impactos do reajuste de seguros e convênios médicos (0,75%), enquanto em Alimentação os produtos in natura e semielaborados (0,26%), os itens da indústria alimentícia (0,70%) e alimentação fora do domicílio (0,71%) foram os fatores de pressão no período.
A deflação de 0,33% em Transporte, segundo o Dieese, decorreu da redução no transporte individual, com recuo de 0,48%, principalmente pela queda de 1,00% em combustíveis. Esse movimento deveu-se à variação negativa tanto do álcool quanto da gasolina de 1,69% e 0,79%, respectivamente, no sexto mês do ano.
Renda
Na abertura do indicador por faixa de renda, o ICV mostra que o custo de vida das famílias paulistanas aumentou mais entre as famílias de menor renda (1,09%) e também entre aquelas com rendimento intermediário (0,90%), enquanto o rendimento dos consumidor com maior poder aquisitivo subiu um pouco menos (0,76%).
Conforme o Dieese, os paulistanos com rendimento mais baixo, que fazem parte do estrato 1, corresponde à estrutura de gastos de um terço das famílias mais pobres (renda média de R$ 377,49), enquanto as famílias de nível intermediário têm um ganho médio de R$ 934,17. Já aquelas com maior poder de compra, a renda média é de R$ 2.792,90. Com informações do Estadão Conteúdo.