O saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou negativo em US$ 242 milhões em junho e positivo em US$ 21 bilhões no acumulado de 2015 até o mês passado. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira, 22, pelo Banco Central. Em junho do ano passado, essas aplicações somavam um montante bem maior, de US$ 4,018 bilhões, e, no acumulado dos primeiros seis meses de 2014, US$ 20,895 bilhões. O saldo do ano foi de US$ 27,068 bilhões e a projeção do BC para 2015 é de US$ 26,5 bilhões.

O aumento da procura por esses títulos teve início em junho de 2013, quando o governo zerou o Imposto sobre Operações Financeira (IOF) sobre esse tipo de aplicação. Mais recentemente, o atual ciclo de aperto monetário aumentou o diferencial de juros entre o Brasil e o restante do mundo, tornando as aplicações brasileiras de renda fixa mais interessantes para os estrangeiros. No mês passado, no entanto, o saldo ficou negativo.

O investimento em títulos negociados no exterior ficou negativo em US$ 655 milhões em junho e deficitário em US$ 4,541 bilhões no ano até o mês passado.

Ações

Já o investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou positivo em US$ 791 milhões em junho, conforme o BC. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido bem maior, de US$ 1,580 bilhão. No primeiro semestre do ano, o saldo está no azul em US$ 10,810 bilhões.

As aplicações em ações negociadas no País somaram US$ 1,042 bilhão. Já as negociadas no exterior (ADRs) registraram um saldo negativo de US$ 16 milhões.

As aplicações em fundos de investimento, dado que não existia até a mudança de metodologia, foram negativas em US$ 235 milhões, fruto de ingressos de US$ 513 milhões e saídas de US$ 748 milhões. Em junho do ano passado, as aplicações de estrangeiros em fundos somou US$ 768 milhões. Com informações do Estadão Conteúdo.