A crise política e economica pela qual passa o Brasil foi tema de uma entrevista com o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, realizada pelo jornal Folha de S. Paulo. Para ele, a forma de superar esse negro cenário é "ter a grandeza de separar o ego pessoal do que é melhor para o país".

"Vamos ter que consertar o avião em pleno voo, não dá para esperar pela aterrissagem", parafraseou o executivo de 63 anos. Trabuco está há 47 anos no Bradesco e, como lembra a reportagem do jornal, foi a primeira opção de Dilma para o comandar o Ministério da Fazenda. Como foi noticiado, ele não aceitou o convite.

"Aqui é meu lugar para ajudar o país", explicou. No lugar que seria dele entrou Joaquim Levy, que também trabalhou no banco e que, para Trabuco, tem "objetivos cívicos e patrióticos".

Ainda que elogie o trabalho da equipe econômica do governo, que aumentou os juros na tentativa de reduzir a inflação e, também, realizou medidas para reduzir gastos do setor público, Trabuco faz algumas críticas. O presidente do Bradesco analisa que, a esta altura, apenas medidas técnicas são insuficientes. Isso porque a"crise política é mais forte que a econômica. Isso abala a confiança no país e retarda a retomada do crescimento".