Ordem de Dilma foi de dar 'ar de normalidade' mesmo com corte na nota
O rebaixamento alimenta, dentro do próprio governo o temor de que Levy não resista ao desgaste
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Economia S&P
A presidente Dilma Rousseff foi, segundo a Folha de S. Paulo, foi avisada com cerca de três horas de antecedência pela agência S&P sobre o corte na nota do Brasil. Com essa informação, a petista convocou uma reunião de emergência com os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Nelson Barbosa (Planejamento).
Conforme apurou a reportagem do jornal, a ordem de Dilma à equipe foi a de dar "ar de normalidade", apesar do tombo da nota de crédito. "Não é o fim do mundo", disse um ministro. Mas, até que Barbosa desse declarações, o governo deu informações desencontradas. Falou-se em uma nota oficial, porém, depois veio a convocação da entrevista com o ministro do Planejamento.
Já Joaquim Levy (Fazenda), divulgou nota onde diz que o "governo brasileiro reafirma seu compromisso com a consolidação fiscal" e "entende que o esforço fiscal é essencial para equilibrar a economia em um ambiente global de incerteza".
O rebaixamento alimenta, como lembra a Folha, dentro do próprio governo o temor de que Levy não resista ao desgaste. Entretanto, pessoas próximas ao ministro afirmam que ele não "jogará a toalha" por enquanto.
Encarregado pelo Palácio do Planalto de falar oficialmente sobre o assunto, o ministro Nelson Barbosa (Planejamento) disse que o governo foi pego de surpresa. Porém, ressaltou que a situação "será revertida à medida que as condições econômicas do país melhorem".