O ex-ministro Delfim Netto deu uma entrevista ao Jornal Folha de S. Paulo e diz que acredita que o ajuste fiscal ficou mais difícil depois que o Brasil perdeu o selo de bom pagador pela agência Standard & Poor's.

"Os juros e o câmbio vão subir e vai aumentar a volatilidade do mercado, porque a credibilidade interna e externa ficou comprometida", disse ele ao jornal. O economista também ressalta que os programas sociais tem que ser ajustados à nova disponibilidade de recursos disponíveis pelo governo. Ele considera que o único programa intocável é o Bolsa Família. "Não é possível que seja tudo prioridade", pondera Delfim Netto.

Delfim é ex-ministro dos governos militares, conselheiro informal de diversos presidentes na redemocratização. Na entrevista, ele afirma que considera que a atitude de mandar ao Congresso um orçamento apontado déficit em 2016 foi ingênua: "Uma incompetência política dramática".