Se Congresso alterar auxílio emergencial, pagamentos podem atrasar
Segundo Antônio Barreto, não faltam recursos para o governo realizar os pagamentos do auxílio emergencial conforme a formatação atual do programa.
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O secretário-executivo do Ministério da Cidadania, Antônio Barreto, avaliou nesta terça-feira, 7, que projetos que tramitam no Congresso para ampliar o escopo do auxílio emergencial acabam sendo redundantes, pois beneficiariam categorias já abarcadas pelo programa. Segundo ele, porém, se alguma medida alterar as condições operacionais do programa, isso terá que ser analisado pelo governo.
"Se o texto que veio do Congresso fosse mais simples, a execução do programa seria mais simples. Alguns projetos até facilitam e reduzem a quantidade de cruzamento de dados obrigatórios. Mas novas regras forem criadas, isso pode fazer com que os pagamentos demorem mais. Se combinarmos governo e Congresso, as chances de atingirmos mais pessoas da melhor maneira aumentam", afirmou ele.
Segundo Barreto, não faltam recursos para o governo realizar os pagamentos do auxílio emergencial conforme a formatação atual do programa. "Tentamos trabalhar com as melhores estimativas. Mas, se constatarmos que precisaremos de mais recursos, teremos que ser ágeis para consegui-los", adiantou.
O secretário-executivo apontou ainda que nem todas as pessoas que estão se cadastrando serão elegíveis para receber o auxílio emergencial. "Se precisarmos de mais valor, sentaremos com autoridades competentes", repetiu.
Ele lembrou que a elevação do auxílio emergencial de R$ 200 para R$ 600 foi feita pelo Congresso com o aval do presidente Jair Bolsonaro. "O governo não deixará de apoiar nenhuma medida que beneficie o cidadão, mas precisamos obedecer as leis do orçamento", completou.