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Déficit em conta pesa na desvalorização de moeda

Estudo divulgado nesta quinta-feira, 22, pela equipe de pesquisa global do banco britânico HSBC diz que a ameaça de mudança na política monetária nos Estados Unidos afeta primeiro os países emergentes que mais dependem do capital externo. Para o banco britânico, o déficit em transações correntes de economias como Brasil, Índia, Indonésia e Turquia explica a desvalorização mais acentuada das moedas desses países.

Déficit em conta pesa na desvalorização de moeda
Notícias ao Minuto Brasil

11:50 - 22/08/13 por Agencia Estado

Economia HSBC

"O impacto (da possível mudança nos EUA) já está sendo sentido imensamente nos emergentes, especialmente aquelas economias com déficits em conta corrente e que são dependentes de fluxos de capital", diz o banco, ao comentar que esses mercados dependem mais do financiamento externo e podem sofrer no futuro com a diminuição da liquidez global.

Ao comparar a previsão de déficit em transações correntes para 2014 com a evolução das moedas emergentes, o banco diz que os dois temas têm forte correlação. "O ajuste da moeda é maior entre aqueles que têm os maiores déficits. Nos casos em que um déficit em conta corrente não é associado a uma moeda mais fraca, parte do ajuste foi simplesmente feita em outras áreas, seja via alta das taxas de juros ou queda das reservas cambiais", diz o HSBC.

"Um problema para os mercados emergentes, exclusivo à circunstância atual, é que essa mudança de paradigma de política monetária nos Estados Unidos chega num momento em que o ciclo econômico do mundo desenvolvimento está ganhando impulso, enquanto o ciclo dos emergentes já pode ter atingido um pico", dizem os economistas do banco no estudo. "Isso acontece em contraste com o passado, quando os ciclos eram mais correlacionados."

Ao contrário de ciclos passados, atualmente o mundo desenvolvido e o emergente apresentam ritmos desencontrados na economia. Enquanto regiões como os Estados Unidos e a Europa parecem ganhar tração, países em desenvolvimento como a China emitem sinais de desaceleração.

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