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Relator vê momento de 'convergência' para debater reforma tributária

A reunião ocorreu mesmo diante da sinalização do Senado de que não aceitaria uma proposta discutida apenas pelos deputados.

Relator vê momento de 'convergência' para debater reforma tributária
Notícias ao Minuto Brasil

15:30 - 16/07/20 por Estadao Conteudo

Economia Reforma Tributária

O relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse acreditar que há um momento de "convergência" entre as Casas do Congresso e o governo para a análise da reforma. Nesta quinta-feira, 16, a Câmara realizou debate sobre o tema, com a participação do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A reunião também contou com o senador Roberto Rocha (PSDB-MA), presidente da comissão mista que analisa a unificação das propostas sobre o tema em tramitação na Câmara e no Senado. "Acho que o sinal do Roberto Rocha presente na sessão foi muito importante, muito simbólico", opinou o relator.

A reunião ocorreu mesmo diante da sinalização do Senado de que não aceitaria uma proposta discutida apenas pelos deputados. No debate, Maia afirmou ter conversado com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e pedido a retomada da comissão mista.

Aguinaldo estimou mais um mês de debate, a princípio, para então apresentar seu relatório. A previsão está dentro da intenção anunciada por Maia de votar o texto até agosto. "Acho que avançando agora e retomando esse debate institucional, com mais 30 dias a gente conclui (a discussão)", afirmou.

O deputado disse que deve apresentar seu relatório quando houver acordo para a votação. "Eu não vou pôr um texto para ficar aí sem data de votação", disse. O relator destacou que tem ouvido os representantes de setores da economia, além do governo. Ele afirmou que deve receber "brevemente" a sugestão do Executivo, mas não entrou em detalhes sobre conteúdo.

Durante o debate, Aguinaldo ressaltou que a reforma dá sequência às outras reformas estruturantes já aprovadas, como a trabalhista e a da previdência. Segundo ele, uma reformulação do sistema tributário será uma "mudança histórica".

O deputado argumentou que o sistema atual é complexo e traz insegurança jurídica. "Só tenho uma convicção: de minha parte não vai haver nenhuma contribuição para ter aumento de carga tributária no País. Mas eu não decido, quem decide é o Parlamento", disse.

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