Dólar tem maior alta em um mês, com pessimismo externo
O dólar devolveu parte das quedas dos últimos dias, em um clássico dia de aversão a risco nos mercados externos por receios sobre o ritmo de recuperação dos Estados Unidos em meio a temores de efeitos econômicos de tensões entre o governo de Donald Trump e a China
© DR
Economia Dólar
Depois de três dias de queda, o dólar reverteu o movimento e teve a maior alta em um mês, numa sessão dominada pelo pessimismo no mercado internacional. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (23) vendido a R$ 5,215, com alta de R$ 0,099 (+1,96%). Essa foi a maior alta percentual diária desde 26 de junho, quando a cotação tinha subido 2,58%.
O dólar devolveu parte das quedas dos últimos dias, em um clássico dia de aversão a risco nos mercados externos por receios sobre o ritmo de recuperação dos Estados Unidos em meio a temores de efeitos econômicos de tensões entre o governo de Donald Trump e a China.
Negociado abaixo de R$ 6 nos últimos dias, o euro comercial fechou a sessão vendido a R$ 6,052, com alta de 2,16%. A libra esterlina comercial subiu 1,96% e encerrou a quinta-feira vendida a R$ 6,649.
No mercado de ações, o dia foi marcado pelas perdas. O Ibovespa, principal índice da B3 (a bolsa de valores brasileira), caiu 1,91%, a 102.293 pontos. Isso esvaziou os ganhos da semana, com o Ibovespa acumulando queda de 0,6% desde segunda-feira (20). Nas três semanas anteriores, o índice terminou com desempenho positivo.
O Ibovespa seguiu o mercado norte-americano. O índice Dow Jones, da bolsa de Nova York, caiu 1,31% nesta quinta-feira, após uma sequência de dados econômicos e de estatísticas da pandemia do novo coronavírus.
Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiram inesperadamente para 1,416 milhão na semana passada, informou o Departamento do Trabalho norte-americano nesta quinta-feira. A elevação do número de desempregados indica que a recuperação da maior economia do planeta pode ser mais lenta que o esperado. Além disso, o total de casos de covid-19 nos Estados Unidos superou 4 milhões nesta quinta-feira, com uma média de quase 2,6 mil novas infecções a cada hora.