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Maia espera governo para debater prorrogação do auxílio emergencial

Maia espera proposta do governo para debater prorrogação do auxílio emergencial

Maia espera governo para debater prorrogação do auxílio emergencial
Notícias ao Minuto Brasil

19:45 - 18/08/20 por Estadao Conteudo

Economia AUXÍLIO-EMERGENCIAL

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que espera uma posição oficial do governo sobre a tentativa de se prorrogar o pagamento do auxílio-emergencial e também da criação de um programa de renda básica, para se iniciar a discussão sobre de onde viriam os recursos para isso, sem afetar o teto de gastos.

"Temos de esperar a posição oficial do governo sobre esse assunto. A gente sabe que o auxílio foi fundamental, urgente e teve um impacto muito grande para milhões de brasileiros. Nessa nova fase, o governo vai precisar apresentar sua posição em relação às condições que tem o governo federal sobre como prorrogar, em qual valor, para que a gente saiba qual impacto que isso tem nas contas públicas", disse Maia.

Para ele, o governo precisa avaliar onde conseguirá cortar despesas antes de definir qual o alcance do programa. "Governo quer acabar com o seguro-defeso, o abono salarial, cortar os recursos do sistema S. O governo tem base para fazer isso? Isso é que precisa avaliar primeiro", disse sobre votos suficientes no Congresso para essas propostas.

Maia afirmou que se o governo tentar misturar muitas coisas dentro da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos gatilhos do Teto de Gastos, "acabará não passando nada". A proposta do pacto federativo no Senado será reformulada para abrigar o Renda Brasil e a desoneração da folha salarial. O rearranjo faz parte da estratégia do ministro da Economia, Paulo Guedes, para viabilizar os programas de interesse do presidente Jair Bolsonaro sem furar o teto de gastos. O tema foi acertado em reunião na segunda-feira, 17, entre Guedes e o relator da proposta no Senado, Marcio Bittar (MDB-AC), que também será o relator do Orçamento de 2021 no Congresso.

"Se o governo botar muita coisa na PEC do Senado, não posso usar a PEC do deputado Pedro Paulo para acelerar a tramitação", disse. A proposta do parlamentar do DEM já passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Maia voltou a fazer uma defesa enfática da manutenção do teto de gastos e disse que o governo pode ter espaço no orçamento primário para cancelar algumas rubricas e criar outras para investimento.

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